quinta-feira 24 de outubro de 2024

Médica do TJAL orienta sobre saúde mental e prevenção ao suicídio

'Precisamos melhorar o acolhimento e diminuir preconceitos para que as pessoas possam buscar ajuda', reforça psiquiatra
Arte: Dicom/TJAL

Isabel Perini, médica psiquiatra do Judiciário de Alagoas, reforça a importância de as pessoas cuidarem mais da saúde mental como forma de valorização da própria vida. “Saúde mental é se sentir bem em viver, é se sentir com qualidade de vida. Cuidar do corpo, ter uma alimentação saudável, cultivar vínculos e hábitos bons geram qualidade de vida”, orienta.

A médica explica ainda que, ao se notar sinais de que alguém não está bem, é importante ouvir e acolher essa pessoa, levando-a, se possível, a algum profissional especializado.

“Só dizer ‘Procure ajuda’ não resolve. A pessoa acaba não indo. Familiares e amigos podem ajudar propiciando acesso a profissionais de saúde, que têm a percepção melhor para encaminhar na hora necessária”.

Observação de sinais

Sinais de que a saúde mental não vai bem podem ser observados, segundo a psiquiatra, quando a pessoa começa a se sentir disfuncional, quando começa a não ter a mesma rotina. “Quando ela muda o comportamento, isola-se mais e fica fragilizada por muito mais tempo do que em uma crise existencial é porque tem algo aí”, avisa.

A psiquiatra também destacou a importância das campanhas públicas de valorização à vida, como o Setembro Amarelo, que busca debater o suicídio.

“Ter políticas públicas que diminuam o estigma, tornar o tratamento mais acessível e problematizar a temática são ações fundamentais para se prevenir o suicídio”, reforçou.

Segundo a médica, 98% dos que atentam contra a própria vida estão com adoecimento mental. “As pessoas acreditam que as doenças mentais não matam, mas matam”, avisa.

Ela explica que é preciso melhorar o acolhimento e diminuir preconceitos para que as pessoas possam buscar ajuda.

Fatores individuais

A psiquiatra, que trabalha no Fórum da Capital, alerta, no entanto, que nem todo adoecimento mental leva à prática suicida. “Entram aí os fatores individuais de cada pessoa, como ela reage no mundo, como se comporta, como é a sua personalidade e o meio em que se encontra”.

Ainda segundo a médica, o suicídio é um fenômeno que envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais. “É algo que ocorre em todas as classes sociais, não é um fenômeno isolado. Vem acometendo mais os jovens no início da vida adulta e pessoas acima dos 65 anos”.

Palestra no TJAL

Em alusão ao Setembro Amarelo, o Tribunal de Justiça de Alagoas promove, no próximo dia 11, palestra sobre depressão e ansiedade. O psiquiatra Gustavo Omena explicará o que são essas doenças e como lidar com elas. O evento, voltado para magistrados e servidores, começa às 9h, no Pleno do TJAL.

Fonte: TJAL

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