sexta-feira 10 de janeiro de 2025

‘Machões’ bolsonaristas recuam, começam a ‘abrir o bico’ e ex-presidente se complica

Os parlamentares de extrema-direita e seus seguidores nas redes sociais silenciam sobre primeiros terroristas condenados e presos
Reprodução

Os políticos alagoanos que apoiaram Bolsonaro e sempre juraram fidelidade ao ex-presidente estão na espreita, ensaiam um recuo estratégico, já não estão pronunciando o nome dele nas redes sociais com tanta frequência.

O mandato do “capitão” terminou em 31 de dezembro de 2022. A intentona golpista foi derrotada. Os processos estão abertos, as condenações de muitos desses delinquentes é certa e liquida. A fase de prisões temporárias continua em curso.

Os machões (civis, militares, inclusive, parlamentares) que bradavam bater e arrebentar nas tribunas, rede sociais, palanques e porta de quartéis estão murchos. Alguns já abriram o bico e iniciaram a temporada de delação premiadas.

O tenente-coronel Mauro Cid, exemplo de militar, assim era considerado, abriu a lista dos alcaguetes (dedos-duros), como são denominados nas cadeias os presidiários que denunciam os seus comparsas.

Os carcereiros são os agentes do Estado que irão recepcionar os arquitetos da tentativa de golpe e seus seguidores.

O terrorista Wellington Macedo de Souza foi condenado a seis anos de prisão, em regime fechado, mais multa. George Washington de Oliveira Sousa foi sentenciado a nove anos e quatro meses de prisão e Alan Diego dos Santos Rodrigues a cinco anos e quatro meses de detenção.

Os parlamentares de extrema-direita e seus seguidores nas redes sociais silenciaram sobre esses primeiros terroristas condenados e presos.

Wellington Macedo de Souza. | Reprodução

O terrorista Wellington Macedo de Souza é o mais conhecido dos três condenados. Entre fevereiro e outubro de 2019 ele foi assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, vinculada ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, então comandado pela agora senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Depois de sair do posto, o blogueiro passou a frequentar manifestações antidemocráticas e, depois da derrota de Bolsonaro para Lula, em 2022, esteve em diversos acampamentos golpistas.

Tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid em depoimento à CPMI do 8 de janeiro | Roque de Sá/Agência Senado

A família Cid (Mauro Cid, general Lorena Cid, o pai e Gabriela Santiago Cid, esposa de Mauro Cid) é, em primeira linha, quem está fazendo Bolsonaro, os seus filhos, militares, empresários e políticos perderam o sono.

O Brasil quer saber como tudo aconteceu e como Bolsonaro e sua Organização Criminosa (Orcrim) operou durante o mandato na Presidência da República.

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