“Um horror”, disse em suas redes sociais o senador Renan Calheiros (MDB) sobre a compra do Hospital do Coração pela Prefeitura de Maceió por R$ 266 milhões, com recursos provenientes do acordo entre a Braskem e o Município, após o afundamento do solo em cinco bairros da cidade.
Segundo ele, o valor destinado pela prefeitura em uma única unidade hospitalar equivale a três grandes hospitais construídos na gestão do ex-governador Renan Filho (MDB). “Isso não é um hospital, é um roubo hospital e, como tal, precisa ser enfrentado”, disse ele, ao cobrar providências dos órgãos de controle que chancelaram o “maldito” acordo entre a Braskem e a Prefeitura de Maceió.
Nas redes sociais, o senador afirmou que, assim, faltam recursos para ações de reparação moral plena, para resolver a situação dos moradores das bordas das áreas de risco, dos comerciantes e empreendedores que perderam tudo com a tragédia socioambiental, além de faze justiça com os moradores dos Flexais e da Cambona. Essas comunidades foram indiretamente afetadas pela mineração de sal-gema e hoje lutam por reparação. “Isso não pode continuar a acontecer”, afirmou Renan Calheiros.
O hospital
De acordo com o anúncio feito na sexta-feira (29) pelo prefeito JHC, o futuro Hospital da Cidade vai contar com atendimento e tecnologia de ponta, com serviços do Hospital Albert Einstein. “Com esta aquisição, emancipamos de uma vez por todas a saúde do município. Entregaremos um hospital de alto padrão e iniciaremos uma nova fase da saúde pública de Maceió”, frisou o prefeito. O Hospital da Cidade começa a funcionar no primeiro trimestre de 2024 e deve atender 20 mil pessoas por mês.