domingo 24 de novembro de 2024

Exposição marca os 90 anos da artista alagoana Tania Pedrosa

Evento tem o apoio do Governo do Estado e presta uma homenagem à vida e obra da renomada artista alagoana, um dos principais expoentes da arte Naïf brasileira
Exposição Das Lagoas ao Imaginário Popular será realizada este mês, em Maceió , com a colaboração de artistas alagoanos | Lula Castello Branco/Divulgação

Teve início na última sexta-feira (6) e segue até o dia 10 de novembro, no Complexo Cultural do Teatro Deodoro, a exposição “Das Lagoas ao Imaginário Popular”. A exposição é uma colaboração entre a artista têxtil Parísina Ribeiro, de Diamantina MG, e o curador André Cunha, de Paraty RJ, em homenagem à vida e obra da renomada artista alagoana Tânia de Maya Pedrosa, um dos principais expoentes da arte Naïf brasileira. O evento tem o apoio do Governo do Estado de Alagoas.

Mais de sessenta artistas Naïfs de diversas partes do Brasil contribuíram para a exposição, retratando em telas pintadas e bordadas a trajetória de Tânia, suas obras e sua influência na cultura popular brasileira.

“Das Lagoas ao Imaginário Popular”, que originalmente aconteceu entre julho e agosto de 2023, na Galeria de Arte André Cunha, na histórica cidade de Paraty, Rio de Janeiro, será reproduzida em Maceió durante o mês de outubro com a colaboração de artistas alagoanos convidados, além das obras originais de Tânia e de parte de sua coleção de arte popular.

O evento contará com pesquisadores, artistas e galeristas de todo o país, proporcionando um amplo leque de atividades culturais relacionadas à arte popular. Com essa iniciativa, Alagoas se tornará, em outubro, a capital do Naïf no Brasil, celebrando o legado e a influência artística de Tânia de Maya Pedrosa nos seus 90 anos de vida.

A Galeria de Arte André Cunha, estabelecida em 2018 pelos sócios André Cunha e Pedro Cruz, juntamente com o mini museu Naif-Miman, tem como propósito promover e difundir a produção brasileira de arte Naïf, estimulando a interação entre artistas, curadores, colecionadores e o público em geral.

Na exposição, as mulheres alagoanas assumem posição central, não apenas nas obras de Tânia, mas, também, nas criações de dezenas de artistas Naïf de Alagoas e do Brasil, que capturaram suas vidas em telas pintadas e bordadas. Esta exposição, que celebra a resiliência e criatividade de Tânia e suas contemporâneas, é um tributo à essência da arte Naïf. Ao iluminar a realidade por meio de seus traços, Tânia Pedrosa eterniza histórias e reafirma o poder transformador da arte.

Tânia: do popular ao Naïf

A artista alagoana Tânia de Maya Pedrosa, nascida em Maceió, em 27 de outubro de 1933, filha do empresário e ambientalista pioneiro Paulo Pedrosa, e da professora de piano clássico Benita Mathilde Pedrosa, é pintora, escritora, curadora, colecionadora de arte popular. Ela se tornou uma das mais importantes pintoras de arte naif do país, com obras consagradas em salões de arte e bienais no Brasil e na Europa.

Foto: Divulgação

Em seu estado natal, Alagoas, Tânia é reconhecida como uma personalidade com relevantes serviços prestados em defesa da preservação e desenvolvimento da literatura, das artes e da cultura, com uma intensa e glamourosa trajetória artística, com exposições de sucesso, tanto como protagonista de suas próprias obras, como na promoção dos artistas locais.

Tânia descobriu sua paixão pela arte desde menina. Transitou pela literatura, pela moda e, finalmente, pela pintura. Apaixonada pela arte popular, é uma colecionadora reconhecida por críticos de arte, galeristas, documentaristas e museólogos. Dedicou grande parte de sua vida à busca e valorização de artistas muitas vezes anônimos.

A artista sempre esteve presente nos grandes eventos nacionais e internacionais, como o Festival de Cinema de Penedo, festivais de arte popular na Europa, bienais e exposições de grande relevo. Foi amiga de personagens ilustres da literatura, das artes plásticas, do cinema e da moda, como Aurélio Buarque de Holanda, Ledo Ivo, Roberto Burle Marx, Fernando Lopes, e críticos de arte do Brasil e da Europa, a exemplo de Laurent Danshin e Ceres Franco.

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