9 de outubro de 2023 5:05 por Da Redação
Há exatamente três anos, em 9 de outubro de 2020, o servente de pedreiro Jonas Seixas foi vítima de desaparecimento forçado, quando uma guarnição da Polícia Militar o colocou dentro de uma viatura, sob testemunha de familiares, vizinhos e amigos, na Grota do Cigano, bairro do Jacintinho. Desde então, nunca mais Jonas foi visto.
Muitas mobilizações ocorreram desde então. Das faixas em protestos aos inquéritos que avançaram graças a um esforço conjunto, a pergunta “Onde está o Jonas?” ecoou para quem queria ou não queria ouvir.
Atualmente, o processo está nas mãos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apreciação de um recurso impetrado pela defesa dos réus. Para o advogado do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Cedeca Zumbi dos Palmares, Arthur Lira, que atuou na assistência de acusação junto à família da vítima, a expectativa é de que o STJ julgue o recurso. “Esperamos que o STJ mantenha a pronúncia dos réus. Na sequência, que o processo seja remetido para Vara competente a fim de que seja designado data para sessão do Tribunal do Júri”, informou Lira.
Até lá, é rememorado todos os passos na busca por Jonas e por justiça:
Em 26 de março de 2021, após exaustiva investigação policial, incluindo quebra de sigilo de telefônico, rastreamento de GPS, e outros mecanismos, o Ministério Público Estadual reúne provas o suficiente para apresentar a denúncia. Em 25 de março de 2022, o juízo da 7ª Vara Criminal da Capital pronunciou os réus pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio e ocultação de cadáver.
Mesmo diante de vastas comprovações, a defesa apresentou recurso ao Tribunal de Justiça de Alagoas. “Em agosto de 2022 TJ manteve a decisão da pronúncia. A defesa dos réus prosseguiu, então, para o STJ, apresentando um recurso que desde então segue pendente de julgamento”, rememorou o advogado do Cedeca.
Fonte: Assessoria