Por Ester Nascimento, do portal Alma Preta
O novo filme “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante”, nos cinemas brasileiros desde 31 de agosto, traz um visual estilizado e hipnotizante. O longa não se limita a só a um estilo e flerta com inspirações de “Homem Aranha no Aranhaverso” sem se apropriar, ajudando a tornar a experiência marcante dessa versão de origem dos personagens com a gosma.
Além do nosso quarteto favorito que é unânime que são adolescentes negros, April O’neil assume também o manto de protagonista, como uma mulher negra e jornalista. Mesmo introduzida na animação de uma forma um pouco clichê, a narrativa rompe rápido com esse arquétipo de personagens femininas que estamos acostumados a ver em filmes de heróis.
April faz a gente se identificar com ela sem nenhum esforço, eu vi o meu reflexo na tela em muitos momentos. As garotas sabem como sempre temos que nos provar dentro da comunidade geek, esse sentimento acompanha a personagem o tempo todo, só que isso não a impede de ter destaque na trama sem perder as suas camadas, assim como a gente.
A aceitação e bullying são pontos fortes tratados em todos os personagens, até mesmo no vilão com uma interpretação diferente que pode até ser um pouco convincente, mas só até a página dois. Pensando nesses pontos, O’neil como uma adolescente, negra e com um faro jornalístico, apesar de todas as inseguranças inclusas nesse pacote, também vai ser uma heroína para muitas pessoas nesse retorno às origens na aparência da personagem.
Por isso, com muito fanservice, referências, uma dublagem cheia de personalidade e um roteiro repleto de diálogos necessários, vá conhecer essa nova April junto das populares tartarugas nesse divertido Caos Mutante.