Não bastasse o isolamento socioeconômico provocado pela tragédia da Braskem, a comunidade dos Flexais, em Maceió, sofre com o descaso ambiental que deixa os moradores preocupados. Na mata do entorno, a falta de manutenção da rede coletora de águas pluviais tem causado o surgimento de voçorocas, que são enormes crateras no solo.
De acordo com denúncia feita pela ONG Viva Mundaú à Secretaria Municipal de Infraestrutura, o problema vem sendo registrado na localidade chamada de Matadouro (Goiabeiras – Fernão Velho), estrada que dá acesso ao Flexal (Bebedouro). A ONG revela que a tubulação que havia neste local não existe mais, o que acelerou um processo de erosão em proporções gigantescas.
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Os prejuízos ambientais já são sentidos pela comunidade. “Todo material [sedimentos]está sendo levado para a Lagoa Mundaú, que está com sua margem comprometida pelo grande volume de areia e barro. Vale salientar que esse local está dentro da APA [Área de Proteção Ambiental] do Catolé Fernão Velho e, ano após ano, o processo se torna pior. Onde antes existia o sururu não existe mais, devido, dentre outros problemas, ao agravante do assoreamento da lagoa por material vindo deste local”, denuncia a Viva Mundaú.
Cobranças
Durante visita técnica, o problema foi informado aos representantes do Ministério Público, Seminfra, Defesa Civil, IMA e Sedet. A comunidade cobrou às autoridades a correção da drenagem que vem do Conjunto Jardim Petrópolis II, na Santa Amélia, e que deságua na Estrada do Matadouro.