3 de dezembro de 2023 2:17 por Da Redação
A Prefeitura de Maceió informou aos moradores dos Flexais de Baixo e de Cima, e também do Bom Parto e Rua Marquês de Abrantes, em Bebedouro, que deverá se reunir com eles no dia 11 próximo. Essas comunidades veem realizando manifestações, com bloqueio de vias, cobrando ações para que sejam indenizados como vítimas do crime praticado pela multinacional Braskem, na região.
Os moradores querem sair da área, trecho que vai do Bom Parto até os Flexais, temendo o risco eminente de afundamento do solo, consequência da exploração de sal-gema. Eles estão entre a parcela da população de Maceió diretamente atingida pelo crime ambiental provocado pela mineração em uma área correspondente a 10% do território da capital alagoana.
A população dessa área quer ser incluída no mapa de risco, a exemplo do que ocorreu com os moradores do Pinheiro, de onde foram realocadas cerca de 60 mil pessoas. “Estamos sim entre as regiões de risco de afundamento” – reclama Maurício Sarmento, líder comunitário e ativista do movimento em defesa das vítimas da Braskem.
Ele ressalta que os moradores dos Flexais estão ilhados socialmente, e sofrendo com ações como suspensão no fornecimento de água e energia elétrica. O drama daquela população começou em 2019, quando cinco bairros em seu entorno foram totalmente esvaziados.
Revoltados pela situação de abandono, eles têm realizado protesto cobrando providências da Prefeitura de Maceió. “Não queremos sair de nossas casas para morar em escolas, em abrigo público. Temos nossos direitos e é isso que estamos cobrando” – disse um morador, durante o protesto da última sexta-feira, 1º.
“Não aceitamos essa situação de racismo ambiental. A apreensão dos moradores é gigante. Temos que sair dos Flexais, da (Rua) Marquês de Abrantes, e das quebradas. É nosso direito diante do risco que enfrentamos” – completou Maurício Sarmento.
Para ele, a reunião com representantes da Prefeitura foi positiva. Porém, refirmou que as comunidades continuarão cobrando o atendimento de suas reinvindicações que passam por indenização justa para deixarem a zona de risco.
Confira!
Após os protestos, a multinacional Braskem informou que as realocações têm sido feitas conforme o mapa de linhas prioritárias definido pela Defesa Civil.
Assista!