quinta-feira 24 de outubro de 2024

Trabalhador fica preso em areia movediça e quase morre na mina 18 da Braskem

Homem ficou só de cueca ao ser içado por colega em guincho

16 de janeiro de 2024 9:31 por Da Redação

Foto: Thiago Sampaio/Agência Alagoas

Um trabalhador que presta serviço para a Braskem na área da mina 18 viveu momentos de terror, vítima do descaso da petroquímica com a segurança no trabalho. Uma cratera surgiu no fundo da lagoa, após o colapso da mina no último dia 10 de dezembro, provocando instabilidade no solo.

De acordo com relatos de testemunhas, o homem foi designado para retirar as gaiolas que ficam no local, por meio de um guincho. O problema é que, de acordo com trabalhadores, o chão na mina 18 virou uma espécie de areia movediça, o que causou uma séria situação com risco de morte.

“Quando ele chegou lá, meu amigo, que foi colocar [o guincho], afundou tudo. Ainda bem que ele disse que não tinha engatado, se enganchou no cabo e o cara do guincho puxou ele (sic)”, afirmou a testemunha.

Fora o susto, que o deixou em choque, o operário passou por uma situação constrangedora ao ser içado. “Ele disse que subiu só de cueca! Ficou bota, ficou calça, ficou tudo. Ele disse que, se não tivesse se agarrado no cabo do guincho e o cara tivesse puxado, teria ficado, ia morrer”, revelou o colega de trabalho.

Uma operação-abafa foi realizada para que a história também ficasse na areia movediça da mina 18. “Não quiseram chamar Samu, não quiseram chamar nada. Pegaram o socorro da própria Braskem pra abafar o caso. Olha só que absurdo, né?”, questionou a testemunha.

Empresa nega fato

Após a repercussão da matéria, a Braskem se posicionou e não surpreendeu ao negar o fato, como tem feito durante todo o andamento da maior tragédia socioambiental em área urbana do mundo.

Leia a nota enviada ao 082 Notícias na íntegra:

A Braskem esclarece que é inverídica a informação de que houve um acidente com operário de uma empresa terceirizada, na região da cavidade 18. Isso jamais ocorreu.
A empresa reitera que tanto o acesso quanto as atividades realizadas na área de resguardo ocorrem mediante autorização da Defesa Civil de Maceió e análise de riscos. Todo o trabalho é fiscalizado pelas autoridades competentes e segue rígidos protocolos de segurança.

Leia também: Documentos mostram que Braskem pode ter manipulado estudos para esconder afundamentos

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1 Comentário

  • Trabalhei lá na braskem várias vezes e todos sabem que ninguém nunca morre lá, sempre morrem a caminho ou no hospital , eles nunca chamam samu,bombeiros tudo que acontece lá sempre é abafado.

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