6 de abril de 2024 6:57 por Geraldo de Majella
Por Geraldo de Majella
Apartheid é o nome dado ao regime de segregação racial e econômica que vigorou na África do Sul de 1948 a 1994. As condições desumanas a que foi submetida a população preta e pobre sul-africana por quase cinquenta anos horrorizou o mundo.
Algo semelhante são as condições de segregação social, racial e econômica a que dezenas de milhares de moradores dos bairros da orla lagunar e dos bairros periféricos de Maceió são submetidos.
O descaso, crueldade e a indiferença com os pobres são pontos que unem a administração de Maceió ao passado colonial brasileiro e ao modelo sul-africano.
A insensibilidade é uma variante da repulsa que o prefeito João Henrique Caldas (JHC) sente pelos pobres. A fotografia, a pose para gravar entre a população mais vulnerável faz parte do script ditado pelo marketing eleitoral.
As chuvas vão ser o cadafalso do prefeito, mas, para tanto, a oposição, as organizações sociais e os atingidos pelas tragédias devem usar as redes sociais como arma de resistência ao terror implacável do prefeito contra a cidade e contra a população pobre.
O levante dos guetos é uma possibilidade para enfrentar o inimigo da população. Os guetos são os bairros pobres, os alagados, as grotas que constituem o território dos desvalidos. Os combatentes são as mães e pais que querem creches, acesso à saúde nas unidades básicas, coleta de lixo e transporte público digno.
O celular é uma das armas para enfrentar JHC, a forma de luta pode ser o que se chama de “guerrilha digital”. O exército digital pode e deve utilizar táticas do mundo digital no modelo dos vídeos games.
Armas convencionais podem e devem ser utilizadas, mas é importante preparar o exército para a “guerrilha digital”. Os soldados do povo têm uma base no Bom Parto, Levada e cercanias. Só não vê quem não quer ou é ignorante nesse campo.