Quando o assunto é manter a qualidade e segurança dos alimentos, o congelamento é uma técnica amplamente utilizada nas cozinhas de todo o mundo. Para isso, entender os prazos é essencial para evitar desperdícios e garantir refeições seguras e deliciosas. Ana Paula Bulhões, nutricionista e professora do curso de Nutrição da Uninassau Maceió, explica como realizar esse procedimento e quais mantimentos precisam de atenção redobrada.
Diversos fatores podem influenciar a durabilidade, incluindo as características intrínsecas dos próprios alimentos e as especificações do eletrodoméstico utilizado. “Seja uma geladeira doméstica, um refrigerador mais potente ou uma câmara fria, é crucial monitorar a quantidade de vezes que são abertos e a frequência das oscilações de temperatura. O ideal é manter constantemente abaixo de cinco graus para garantir a conservação adequada”, enfatiza Bulhões.
O tempo de conservação dos produtos varia devido à estrutura de seus componentes. Os ricos em proteínas, com alto teor de água ou nutrientes, como carnes, ovos e laticínios, tendem a se deteriorar mais rapidamente. “No caso das comidas prontas para consumo, o prazo máximo é de cinco dias, quando mantidos em temperaturas de quatro graus ou abaixo. Já a carne temperada deve ser consumida em até dois dias para garantir a segurança e qualidade”, explica a docente.
A professora ainda destaca os erros mais comuns que as pessoas cometem ao armazenar comida na geladeira, como guardá-las ainda quente, ocasionando a condensação dentro do recipiente isolado, ou em panelas. “O ideal é separar os alimentos em porções pequenas e colocá-los em recipientes rasos”.
Já o método mais eficaz para prolongar a vida útil de frutas e vegetais é lavar e sanitizar adequadamente antes de armazená-los em embalagens protegidas. Para alguns vegetais, Ana Paula Bulhões recomenda realizar o processo de branqueamento. “Esse tratamento térmico envolve aquecê-los por três minutos em água quente, sendo seguido de um choque térmico em água gelada, garantindo a manutenção da qualidade nutricional e aparência”.
A docente ressaltou a importância de verificar os alimentos antes do consumo, pois nem sempre apresentam sinais de deterioração, como mau cheiro e aparência menos apetitosa. “Qualquer alteração deve ser levada em consideração, desde ressecamento, limosidade, bolores e leveduras. Embora seja um conhecimento difundido, ao seguir essas orientações, é possível aprimorar o processo de refrigeração para assegurar refeições seguras e saborosas”.
Por Assessoria