sexta-feira 18 de outubro de 2024

Ronaldo Medeiros critica Braskem por ação judicial contra protestos

Ronaldo Medeiros sugeriu ainda que todas as pessoas indiciadas não assinem o acordo que reconhece a proibição de qualquer tipo de protesto a mais de 10 quilômetros de distância da empresa
Foto: Ascom/ALE

O deputado Ronaldo Medeiros (PT) usou a palavra na sessão ordinária dessa quarta-feira, 26, para mais uma vez criticar a ação judicial da Braskem contra ele e outras pessoas que participaram de uma caminhada em protesto contra a mineradora. “Foi um movimento pacífico, com a presença de vítimas do crime da Braskem e uso de carro de som para denunciar as ações da empresa. Ela agora abre um processo judicial contra vários dos presentes, afirmando que nós éramos uma ameaça”, falou o parlamentar em tom de indignação.

“Eu estava participando do evento e fui citado na Justiça nesta semana para fazer minha defesa”, prosseguiu Medeiros, classificando a situação como contraditória. “Uma empresa que derrubou e acabou com vários bairros de Maceió, destruindo vidas e o comércio local, considera como ameaça os participantes de uma caminhada pacífica”, ironizou o parlamentar.

Ronaldo Medeiros sugeriu ainda que todas as pessoas indiciadas não assinem o acordo que reconhece a proibição de qualquer tipo de protesto a mais de 10 quilômetros de distância da empresa. “O que eles querem é que ninguém faça protesto, que ninguém fale e isso é algo assustador”, disse Medeiros. Ele afirmou ainda crer que os advogados e diretores da empresa devem saber que a população tem, sim, direito de falar, protestar e contestar.

“A gente tem que denunciar essa proposta de acordo, pedir às outras pessoas que estão sendo arroladas no processo que não assinem. Isso não é um acordo, é coação”, sugeriu Medeiros, sobre o direito de protestar. Ele finalizou afirmando que ao invés de propor acordos como esse, a Braskem deveria concluir a indenização das vítimas com valores justos.

Aparte

Os deputados Doutor Wanderley (MDB) e Gilvan Barros Filho (MDB) prestaram solidariedade ao colega da Casa. O primeiro, de forma integral, concordou com o direito de manifestação e considerou como “absolutamente descabida” a proposta da Braskem. “Isso é um deboche e como deputado estadual me sinto também atingido”, afirmou Wanderley, propondo ainda uma moção de repúdio contra a empresa

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