O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) recebeu, recentemente, a notícia da aprovação, por parte da Prefeitura de Traipu (AL), do projeto arquitetônico do Museu Ambiental Casa do Velho Chico.
O espaço, que deverá ser construído a 400 metros do rio São Francisco, terá 19 painéis com temas sobre desertificação, assoreamento, queimadas, extinção de nascentes, introdução de espécies exóticas, salinização, a questão das barragens, dos aquíferos, do esgoto que deságua no rio, todos os problemas ambientais que afetam a vida do rio São Francisco e que trarão prejuízos para o planeta.
Segundo informações do coordenador técnico da Agência Peixe Vivo, Thiago Lana, após ser elaborado pela Métrica Engenharia o projeto foi apresentado para a Prefeitura de Traipu (AL) e representantes do órgão informaram que ele está de acordo com os parâmetros e a legislação do município, sendo este o primeiro passo para conseguir o alvará de obras. “Quando se faz um projeto de engenharia para a construção de algum empreendimento na cidade, o primeiro é o de elaborar o projeto arquitetônico. Após isso, se fazem os projetos complementares, como o de climatização, hidrossanitário, elétrico, entre outros”, explicou.
Lana acrescentou que, na segunda fase, haverá a contratação dos projetos complementares. “A partir daí, poderá ser solicitado o alvará para execução de obras e a licença ambiental da Prefeitura. Depois desse projeto complementar é que teremos o real valor do empreendimento para fazer a licitação da obra. De três passos vencemos o primeiro para materializar a construção do museu”.
Para Anivaldo Miranda, coordenador da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco (CCR Baixo SF) do CBHSF, a finalização dos projetos do Museu Ambiental Casa do Velho Chico sinaliza que a sua construção está bem mais próxima e agora dependerá apenas dos arranjos institucionais, já em andamento, que garantirão a sua sustentabilidade futura, processo que está sendo liderado pela Fundação Velho Chico com apoio do CBHSF e outras instituições.
“A concretização dos projetos está inserida nos objetivos culturais previstos no Plano Diretor de Gestão dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica, bem como terá aderência estreita com as atividades de educação ambiental a serem desenvolvidas sobretudo nas regiões do Baixo e Submédio São Francisco, dentro do modelo de parcerias que está se desenhando em torno do próprio Museu”, pontuou.
Miranda declarou que: “O museu, como tal, já funciona há muitos anos graças à inventividade e dedicação do seu criador, Antônio Jackson, que também é membro e colaborador da CCR Baixo São Francisco e desenvolve trabalhos voluntários com prefeituras municipais, escolas e outras entidades, especialmente aquelas ribeirinhas às águas do Velho Chico. Levar adiante essa grande ideia é um compromisso de todos nós”.
Por Assessoria