Um padre, preso no domingo em Coari, interior do Amazonas, por ser suspeito de pedofilia, engravidou uma das vítimas e a obrigou a abortar e a enterrar o feto num quintal. As informações foram reveladas pela Polícia Civil. As investigações concluíram que pelo menos quatro adolescentes foram alvo de abusos sexuais por parte do padre, que também filmava os crimes.
A investigação teve início no ano passado, depois de uma jovem, de 17 anos, denunciar que mantinha um relacionamento com o padre, que filmava os atos sexuais e armazenava os vídeos.
A menor relatou que mantinha relações sexuais com o padre desde os 14 anos. Além disso, chegou a engravidar do homem, que a obrigou a abortar.
“Nesse contexto, entra a participação de um homem de 34 anos, que está foragido. Ele é amigo do padre e foi o responsável por fornecer à adolescente um medicamento, que ela ingeriu e resultou no aborto. O feto foi expelido no quintal da casa desse amigo do padre e enterrado no local. Isso foi confirmado tanto por fotos quanto pelo depoimento da vítima”, explicou o delegado José Barradas.
A jovem era alvo de violência psicológica e alvo de ameaças constantes pelo padre, que a coagia dizendo que “iria acabar com a vida dela, pois ela era sua e de mais ninguém”.
Durante a operação que levou à detenção do suspeito, os policiais encontraram o padre na cama com uma jovem que tinha completado recentemente 18 anos. Além de manter relações com a vítima, pedia-lhe que levasse amigas para que todos tivessem relações sexuais em conjunto.
Foram apreendidos “mais de 260 vídeos de cenas de sexo com adolescentes e com outras pessoas”.
Em comunicado, a Diocese de Coari manifestou repudio por todas as forma de abuso e disse estar solidária com as vítimas e famílias. Além disso, afastou o padre de todas as funções que desempenhava na Igreja Católica.