Adquirir novos hábitos alimentares se tornou uma necessidade desafiadora devido à agitação do dia a dia. A agilidade e a praticidade do “fast-food” se tornam soluções para as pessoas que possuem rotinas intensas. Essa escolha de alimento, quando tornada habitual, pode acarretar sérias complicações à saúde, especialmente relacionadas à obesidade, que é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo.
Reforçando a importância da adoção de hábitos mais saudáveis, a Revista Nutrição divulgou, recentemente, uma pesquisa indicando que o alto consumo de fast-food está diretamente ligado ao aumento do sobrepeso e da obesidade na população.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a obesidade é um dos problemas de saúde mais sérios da atualidade. De acordo com as estimativas do próprio órgão, até 2025, pelo menos 2,3 bilhões de adultos em todo o mundo estarão acima do peso, dos quais, cerca de 700 milhões serão classificados como obesos. Ou seja, com um índice de massa corporal (IMC) superior a 30. De acordo com a pesquisa intitulada “Casos incidentes e mortes atribuíveis ao excesso de peso e à obesidade no Brasil até 2044”, apresentada no Congresso Internacional sobre Obesidade 2024, atualmente, 56% dos adultos brasileiros já apresentam essas condições, sendo 34% com obesidade e 22% com sobrepeso.
Com a intenção de incentivar hábitos ainda mais saudáveis, a Unimed Maceió oferece orientações essenciais para a prevenção da obesidade, através de uma Linha de Cuidado para pacientes com sobrepeso e obesidade. Esta iniciativa vai além da perda de peso, envolvendo a conscientização de limites, a formação de novos hábitos e a integração entre corpo e mente.
A médica da Família e Comunidade (MFC) e coordenadora do Espaço Viver Bem, Serviço de Medicina Preventiva da Unimed Maceió, Kátia Macário, destaca que, para prevenir os problemas associados à obesidade, deve-se adotar um estilo de vida que priorize uma alimentação mais equilibrada e saudável. A abordagem visa à prevenção de doenças, e o bem-estar integral, aliado a um envelhecimento ativo. Entretanto, quando já estabelecida, a obesidade traz uma série de malefícios à saúde.
Consequências da Obesidade
Entre as complicações mais comuns estão doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão arterial e problemas articulares, que podem limitar a mobilidade e a qualidade de vida. Além disso, a obesidade pode estar associada a distúrbios psicológicos, como depressão e ansiedade, devido ao estigma social e à insatisfação com a própria imagem. Essa condição também pode impactar negativamente a função respiratória, aumentando o risco de apneia do sono e outras dificuldades respiratórias.
Dra. Kátia Macário destaca ainda que um dos maiores desafios no tratamento da obesidade é a ansiedade e o imediatismo na busca pelo corpo perfeito. “Determinantes sociais, econômicos e o ritmo acelerado da vida moderna têm contribuído para a formação de uma sociedade ansiosa e com hábitos inadequados. A obesidade, por sua vez, pode ser o resultado dessa complexidade de fatores. É crucial entender que a perda de peso deve estar ligada à qualidade de vida e é um processo que requer mudanças de hábitos, começando desde a infância”, afirma a especialista.
Sobre a Linha de Cuidado
O programa oferece acompanhamento por uma equipe multiprofissional durante um período mínimo de dois anos, começando com acolhimento e consultas médicas e nutricionais. O suporte psicológico é disponibilizado conforme as necessidades de cada paciente.
Além disso, são promovidos grupos operativos que favorecem a troca de experiências, estimulando a motivação e a resiliência, assim como orientações sobre atividades físicas que podem ser realizadas fora do consultório, como em academias.
Os médicos têm a possibilidade de encaminhar os pacientes para a Linha de Cuidado. Os pacientes também podem ingressar nessa linha por meio do WhatsApp do serviço (991320124) ou pelo telefone (4009-4127).
Por Assessoria
