Este sábado (21) será histórico para os fãs do Rock com Sotaque e da música autoral alagoana. A banda está comemorando uma década de trajetória com um show superespecial no Pub Treze, em Arapiraca, local que carrega em seu nome uma música emblemática do grupo.
O evento começa às 21h e promete ser uma celebração inesquecível, com direito a hits antigos, novas canções e a energia única que só esse lugar e essa banda sabem proporcionar com essa dobradinha.
Além da Casa da Mata, o palco receberá apresentações marcantes das bandas Capona (Ceará/Arapiraca) e Jurema Juice (Maceió), compondo uma noite recheada de som autoral e representatividade cultural.
E o Pub Treze, localizado na Praça Santa Cruz, bairro Alto do Cruzeiro, será o epicentro dessa grande festa que reforça a cidade como berço de bandas autorais no estado de Alagoas e destaca a Casa como um dos expoentes da região do Agreste.
Os ingressos já estão disponíveis no Sympla pelo link sympla.com.br/evento/casa-da-mata-x/2755813 ou poderão ser adquiridos na portaria do evento. A recomendação é chegar cedo para não perder nenhum acorde dessa rica celebração.
Vale salientar que esse show não seria possível sem o apoio de empresas e instituições que acreditam na cultura e na música autoral como pilares da identidade local, como os parceiros Júpiter Discos; Odontolab, setor odontológico do Instituto Adonis Born; Helton Júlio Equipadora; Supritec; Rancho A5VC; Sempre Verde; Ateliê Savana; Breja em Casa; Maia Foods; e SeverinoPro, que fazem parte dessa jornada.
Som próprio
“A ideia sempre foi fazer o nosso som! E fazer o próprio som sempre foi a dificuldade de qualquer músico. Apresentar o novo é virar do avesso, mostrar as entranhas. Expostos, nossa ideia é continuar na estrada, continuar tocando e produzindo nossas músicas”, pontua o baterista Ayrton Bispo.
Segundo ele, que chegou com 1 ano de banda já formada, o nome do quarteto quase seria outro: “Casamata”.
”Casa da Mata é um trocadilho infame com o termo ‘Casamata’. Este último remete à guerra, destruição… é uma espécie de abrigo, esconderijo onde se guardam armas. A nossa Casa da Mata é o lugar onde a liberdade habita, totalmente avesso ao primeiro conceito”, diz Ayrton.
Antes dele, tocava bateria o Wilson Silva, que atua na Gato Negro. Nas guitarras, por 9 anos, Nardel Guedes ocupou o posto, hoje de volta à Mopho.
Em seu lugar, entrou Nikolas França, um jovem fã que agora ocupa o lugar de mestre das seis cordas na banda, ao lado de Alan Lins, que também é vocalista. Completando as paredes dessa residência estelar, está Breno Airan no baixo e vocais.
“O Niko deu nova cara e novo gás na banda. É inegável o trabalho exercido por Wilson e Nardel, fundadores do grupo. Com a entrada de Ayrton, foi a mesma coisa. Algo mágico aconteceu! Deu outra pegada, com mais latinidade. Com Niko, a mágica retorna! Ele é um fã que virou músico da banda. Então, foi ele quem salvou a Casa da Mata, reergueu a gente. Essa metáfora é muito clara, pois é nos fãs que a gente deposita toda nossa carga de significado, toda nossa imagem, sendo algo refletido em nós. Para os próximos 10 anos, eu desejo outros 20 numa espécie de contagem progressiva, sempre para mais”, comenta Breno.
Nessa primeira década de existência, o quarteto produziu e lançou dois discos. Um foi lançado em 2017, autointitulado, e outro, em plena pandemia, em 2022, que se chama “II”, trazendo influências várias da música nacional e internacional, com enfoque nos anos 1970, mas com timbragens atuais, ultimamente puxando mais para o powerpop. Ambos os discos podem ser ouvidos, inclusive, em todas as plataformas de streaming.
“Os processos de realização de ambos foram bem distintos. O primeiro foi mais caseiro. A gente trabalhou em um home studio do Sandro Cardoso, um grande baixista e produtor aqui de Arapiraca. Nesse primeiro trabalho, ainda contamos com o apoio e a maestria do Júnior Evangelista, que fez a mixagem e a masterização do nosso álbum de estreia, e também Samico, artista pernambucano fazendo o baixo em ‘I Won’t Drive Your Dreams’. Também nessa contamos com o Dinho Zampier nos teclados e ainda em ‘Hoje É o Fim de Tudo’. Só fera! Bem, Jr. Evangelista já trabalhou com diversos artistas do nosso Brasil e do nosso Nordeste, tendo ganhado, inclusive, o Grammy Latino. Veja só que ‘responsa’! Já no segundo disco (diferentemente do primeiro que gravamos aqui em Arapiraca em duas salas distintas com o Sandro), viajamos até Aracaju, onde Ayrton morava na época, para gravar com o produtor musical Fabrício Rossini. Ele tem uma pegada característica em seus trabalhos de mix e master que nos deixou encantados e pensamos em fazer o material todo por lá: captação, mixagem e materialização. E assim foi feito, em um estúdio profissional, com os microfones para bateria em posicionamento parecido com o que era feito em captações dos anos 1970, finalzinho dos anos 1960. Para essa captação da bateria, por exemplo, contamos com a bateria do Perninha, da The Baggios, uma banda-referência em Sergipe. Por ser um álbum gravado em plena pandemia e com alguns bons anos separando o primeiro do segundo álbum, nós trouxemos algumas canções mais elaboradas, mais densas, igualmente bonitas. Particularmente, acho que fizemos um bom trabalho, até mais consistente do que o primeiro, não desmerecendo em nada a nossa estreia, mas trazendo um prisma de evolução que só agora eu consigo enxergar com mais clareza”, completa Breno Airan.
Neste momento, a Casa da Mata está pré-produzindo um EP, com previsão de lançamento ainda para 2025. Algumas músicas dele estarão sendo executadas ao vivo neste show de 10 anos do grupo, no Pub Treze.
Conheça agora um pouco mais cada uma das bandas que irão se apresentar neste show-celebração:
Capona
O powertrio foi formado ainda em 2011 em Arapiraca-AL, tendo lançado dois álbuns notáveis.
Hoje, o guitarrista e vocalista Marcos Cajueiro mora no Ceará.
Além dele, para este show, a Capona contará com o baixista Victor Hugo e com a participação especial de Vinícius Carvalho na bateria.
O som da banda é uma junção do Rock alternativo noventista de bandas como Sonic Youth, Dinosaur Jr. e Nirvana, misturado ao Rock clássico do Black Sabbath e Led Zeppelin, até chegar no Rock-Prog-Jazz de grupos como Pink Floyd, Rush e Karate.
Lançaram o primeiro disco em 2015, denominado “Adults Are the Young Who Failed”, e o segundo em 2017, o “Atom Heart Auto”. Duas pérolas do Rock alagoano a serem descobertas pelo grande público.
Jurema Juice
Para quem não sabe, a Jurema é uma árvore sagrada, ligada a uma tradição afroameríndia. E em Arapiraca, há o maior centro juremeiro do país, na Fazendinha do Seu Zé da Pinga.
E nesse show de 10 anos da Casa da Mata, a segunda atração da noite será a Jurema Juice, uma banda fundada em 2020, em plena pandemia.
Neste 2025, o quarteto pretende lançar um álbum com 10 canções, muitas delas a serem apresentadas em Arapiraca neste pré-Natal, além das duas já lançadas — “California (My Girl)” e “Under My Shoes”.
A banda tem em sua trajetória o espectro setentista e conta com André Gonçalves nos vocais, Carol Vilela nas baquetas, Davi Savicki nas seis cordas e Pedro Ivo Salvador no baixo, este último entrando para reforçar a pancada e o gosto do suco.
Casa da Mata
A Casa da Mata é umas das representantes ativas do Rock arapiraquense e está completando 1 década de existência neste próximo dia 23/12/2024. Um marco no cenário alternativo local.
Ainda este ano, o quarteto ganhou o prêmio máximo na 1ª Mostra de Clipes Alagoanos (MOCA), realizado pela Agência Brothers, concorrendo com mais de 25 videoclipes do Estado de altíssima qualidade. O grupo levou com “Desabrigo”, dirigido por Vinícius Carvalho, já no Youtube.
Para celebrar isso e a data especial de 10 anos, a Casa da Mata montou um show único, com hits antigos e novas músicas, comemorando esta data junto do seu público cativo em sua terra natal, berço do autoral alagoano.
Será uma noite de festa! As portas sempre estiveram abertas. A contagem já começou…
Por Assessoria