10 de janeiro de 2025 7:02 por Da Redação
O abandono do Plano Diretor
O Plano Diretor de Maceió (PDM), um instrumento essencial para o ordenamento territorial, permaneceu engavetado por 15 anos, mesmo sendo indispensável para guiar o desenvolvimento urbano da cidade. Durante as gestões de Galba Novaes Netto e Chico Filho, o plano foi deixado de lado, permitindo que o setor imobiliário crescesse sem controle, à custa da qualidade de vida urbana. Recentemente, o Iplan, sob a gestão de Antonio Carvalho, iniciou uma discussão tímida e superficial, claramente insuficiente para resolver os problemas acumulados. O órgão parece não entender Maceió e tantos problemas que possuímos.
A falta de planejamento estratégico
A ausência de outros planos fundamentais agrava ainda mais a situação. Maceió não possui um Plano de Mobilidade Urbana, essencial para organizar o trânsito, nem um Plano de Drenagem Urbana, o que deixa a cidade vulnerável a alagamentos frequentes. Não há Plano Ambiental para proteger os recursos naturais, nem Plano de Arborização para ampliar as áreas verdes. Além disso, a cidade carece de um Plano Cicloviário, que promoveria a mobilidade ativa e de um Plano de Acessibilidade, indispensável para garantir inclusão às pessoas com deficiência.
Instrumentos defasados e ineficazes
Mesmo os instrumentos existentes, como o Plano Municipal de Saneamento Básico, são mal aplicados, resultando em sérias consequências para a saúde pública. O Código de Posturas, desatualizado há 40 anos, não reflete a realidade atual da cidade. O Código Ambiental, de 1996, também necessita de uma revisão urgente para atender às novas demandas urbanas.
O desafio da Presidência de Chico Filho
Ao assumir a Presidência da Câmara, Chico Filho herda uma longa lista de problemas graves que exigem soluções urgentes. No entanto, sua gestão já enfrenta desconfiança de setores ligados ao planejamento urbano, devido à falta de ação anterior sobre esses temas. Ele terá que demonstrar liderança e comprometimento reais para superar as críticas e implementar mudanças significativas, algo que sua trajetória até agora não indicou.
A pressão para sair da inércia e atender às necessidades da população será imensa.
O chamado à responsabilidade coletiva
É fundamental que a sociedade maceioense se mobilize e exija de seus vereadores ações concretas e eficazes. Além da Câmara, órgãos como Semurb, Alurb, DMTT e Iplan precisam assumir uma postura mais proativa e integrada e dialogar com a sociedade.
O futuro de Maceió não pode continuar refém de interesses privados e de gestores que não gostam do povo, basta ver o caso da faixa verde, e sim ser construído com base em um planejamento urbano que promova inclusão, discussão pública qualidade de vida para todos.
Chico Filho será bastante cobrado pela oposição ao prefeito, que ao que parece só enxerga a orla da cidade como se Maceió fosse resumida a cinco bairros da orla.