5 de agosto de 2020 3:17 por Marcos Berillo
A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) expulsou o youtuber Gabriel Monteiro de seus quadros, segundo decisão publicada no Boletim da PM dessa terça-feira (4). O motivo: deserção. Lotado no 34º Batalhão (Magé), ele faltou ao serviço para o qual foi escalado no último dia 22 de julho.
Segundo levantou o jornal Extra, até o último dia 31, o youtuber não se apresentou à corporação e completou mais de oito dias de ausência, o que configura o crime de deserção previsto no artigo 187 do Código Penal Militar. A decisão de expulsar Gabriel foi do Secretário da PM, coronel Rogério Figueredo.
Polêmicas
Em março deste ano, Monteiro teve o porte de arma suspenso por conta de outro processo administrativo disciplinar na corporação. Ele estava afastado das ruas, após se envolver em polêmica com o ex-comandante-geral da polícia Ibis Silva Pereira.
O soldado foi alvo de uma sindicância da corporação por tratar o coronel Ibis “de forma desrespeitosa, em pelo menos duas ocasiões”, no local de trabalho dele, “oficial superior da reserva remunerada”, tendo inclusive filmado-o e publicado o vídeo em seu canal “sem autorização”.
Em setembro do ano passado, o integrante do Movimento Brasil Livre se envolveu em confusão durante o enterro da menina Ágatha Vitória Sales Felix, de oito anos, morta em ação policial no Rio de Janeiro. Pessoas que acompanhavam a comitiva acusaram Gabriel Monteiro de agredir verbalmente os que foram prestar solidariedade à família da criança. Ao final do vídeo, o ex-militar entrou no carro e fugiu após dar um soco no ativista da Marcha das Favelas que o confrontava.
https://www.youtube.com/watch?v=JzFjlddhC7k
Defesa
Em sua defesa, Gabriel Monteiro mantém a linha “afrontosa”. Segundo ele, há documentos datados comprovando que ele esteve no Batalhão no dia em que foi escalado. Para o integrante do MBL, milhares de pessoas estariam comprando mentiras.
Coronéis não estão conseguindo explicar como me enquadraram no crime de deserção, se não há abandonado. Foi provado que fui sim no batalhão, inclusive com documentos datados. Mas milhares de pessoas comprando mentiras.
Ajudem, PFV. #somostodosgabrielmonteiro pic.twitter.com/CUjgpBm0KZ
— Gabriel Monteiro (@GMonteiroRJ) August 5, 2020
*Com informações da Istoé