17 de fevereiro de 2020 9:21 por Da Redação
Depois dos petroleiros, deve ser a vez dos caminhoneiros paralisarem as atividades. A categoria anuncia uma greve para esta quarta-feira (19), das 6h às 18h, em protesto contra a suspensão do julgamento pelo Tribunal Superior Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tabela do frete. A votação foi suspensa a pedido da Advocacia Geral da União (AGU). A categoria também cobra redução do ICMS e de outros impostos, inclusive federais, para que o preço do diesel na bomba tenha no máximo 10% de tributos.
Uma audiência de conciliação foi agenda para o dia 10 de março. Nesta segunda, caminhoneiros foram impedidos pela Justiça de bloquear o Porto de Santos, mas a categoria anunciou manifestações em São Paulo durante a madrugada e a greve para a quarta-feira. O anúncio causa preocupação em setores do governo, já que o presidente Jair Bolsonaro teve entre os caminhoneiros fortes apoiadores. A greve dos motoristas trará efeito imediato nas prateleiras e mais adiante, nas urnas.
A tabele do frete foi criada por Medida Provisória, regulamentada pela (ANTT) Agência Nacional de Transportes Terrestres e depois convertida em lei.
Petroleiros
A greve dos caminhoneiros deve fortalecer a paralisação dos petroleiros que completa 17 dias e atinge 121 unidades, entre plataformas (58), campos terrestres (8), refinarias (14), segundo novo balanço da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A paralisação mobiliza cerca de 64% dos efetivos operacionais da Petrobrás e subsidiárias, em 13 estados do país. São 21 mil petroleiros em greve, em um universo de aproximadamente 33 mil trabalhadores nas áreas operacionais. Em documento protocolado na última quinta-feira, os petroleiros reforçam, com a mesma pauta entregue anteriormente, a disposição de buscar uma solução para o impasse, desde que a Petrobras suspenda imediatamente as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e as medidas unilaterais tomadas contra os trabalhadores e que levaram a categoria à greve.