20 de março de 2020 11:06 por Da Redação
Depois de reafirmar que a pandemia do coronavírus (Covid-19) não passa de uma histeria, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) direcionou seus ataques aos governadores estaduais que vêm adotando medidas para conter o coronavírus. Em live, nessa quinta-feira (19), ele criticou os governadores e disse que estão “tomando remédio em excesso” para impedir a propagação do vírus.
Usando máscara, Bolsonaro disse que as medidas como o fechamento de academias, shoppings e aeroportos, são exageradas, como informa o site Congresso em Foco.
“Algumas autoridades estaduais estão tomando medidas, e tem tido reclamação e tem tido elogio também. Mas eu deixo claro que o remédio quando é em excesso pode não fazer bem ao paciente”, declarou o chefe do Executivo. “Uns querendo fechar os supermercados, outros querendo fechar os aeroportos, outros querendo botar uma barreira entre as divisas dos estados, fechando as academias. A economia tem que funcionar, porque caso contrário, as pessoas pessoas não ficar em casa e se alimentar do nada. Tem que buscar meio de sobrevivência e se faltar emprego, falta o pão em casa e os problemas se acumulam”, concluiu o presidente.
Veja as principais medidas tomadas pelos governos estaduais:
Alagoas
O governador de Alagoas, Renan Filho, no Decreto Nº 69.501 determinou a suspensão de eventos de qualquer natureza com público superior a 500 pessoas em locais abertos e de 100 pessoas em locais fechados. Fica impedida a visitação em bibliotecas, museus e teatros, mantendo-se apenas o funcionamento interno dessas instituições. Também está suspensa a presença de público nos jogos do Campeonato Alagoano de Futebol. As partidas, por enquanto, podem ser realizadas com os portões fechados.
O decreto estabelece, ainda, a suspensão das operações de atracação de navios de cruzeiro e de outras embarcações de passageiros de grande porte no Porto de Maceió.
Distrito Federal
O governo do Distrito Federal, que já havia suspendido atendimento ao público em shoppings centers, feiras populares, escolas e clubes. Outros espaços como, Zoológico, parques ecológicos recreativos, urbanos e vivenciais, além de boates e casas noturnas também não poderão funcionar.
Outra medida foi divulgada no Diário Oficial, na noite desta quarta-feira (18), determinando que bancos públicos e privados ficam proibidos de fazer atendimentos ao público em geral, somente continuam os atendimentos relacionados aos programas bancários voltados para as consequências econômicas do coronavírus e para pessoas com doenças graves. A alternativa é usar formas de atendimento remoto como virtual e por telefone.
São Paulo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), anunciou o fechamento de shoppings e academias na região metropolitana de São Paulo. A medida preventiva contra o coronavírus estará em vigor entre os dias 23 de março e 30 de abril e não engloba estabelecimentos do interior e do litoral paulista.
Bahia
O governador da Bahia, Rui Costa vai solicitar a suspensão de voos saindo ou chegando de aeroportos baianos para o exterior e para cidades brasileiras com casos de contaminação comunitária, como já é o caso do Rio de Janeiro e São Paulo. Também ficou suspenso o transporte intermunicipal de e para cidades com casos confirmados de coronavírus. Suspensão dos colégios e proibição de eventos com mais de 50 pessoas. Também está suspenso o atracamento de cruzeiros e outras embarcações de passageiros de grande.
Paraná
No Paraná, o governador Ratinho Junior decretou o fechamento das academias, galerias e estabelecimentos semelhantes, shoppings centers e centro de ginásticas.
Rio Grande do Sul
Já no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite proibiu o transporte interestadual entre o RS e todos os demais estados do país. Os veículos do transporte coletivo só poderá atender com todos os passageiros sentados, não esgotando a capacidade dos bancos. Os mercados deverão limitar o número de itens essenciais por consumidor. Os shoppings deverão fechar todas as áreas com exceção das farmácias, praças de alimentação, agências bancárias e clínicas.
*Com informações do Congresso em Foco