20 de março de 2020 9:10 por Thania Valença
Formado pelos 9 governadores da região (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, chamado apenas Consórcio do Nordeste, pediu ajuda à embaixada da China, representada no Brasil pelo embaixador Yang Wanming, para enfrentamento do novo coronavírus. Materiais médicos e insumos para combater a Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus, foi o apelo dos governadores ao governo chinês.
O pedido de ajuda, protocolado em ofício assinado pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), pede ao governo chinês, “que acaba de viver um problema semelhante, do qual saiu vitoriosos por meio de uma guerra do povo contra o vírus”, apoio no envio de materiais médicos, insumos e equipamentos. Em especial, com leitos de UTI e de respiradores.
“Colocamo-nos à disposição de vocês para quaisquer esclarecimentos que sejam necessários e queremos, desde já, reafirmar nossa admiração pela forma como o povo chinês enfrenta a epidemia e pela imensa amizade que une nossos povos”, diz o texto assinado pelo governador baiano.
Costa argumenta ainda que, pela projeção, o número de leitos e equipamentos disponíveis na região não será suficiente para atender ao número de pessoas atingidas pela Covid-19, quando a pandemia chegar ao pico.
Integrante do Consórcio do Nordeste, Alagoas deverá ser beneficiado, caso a China decida atender ao pedido dos nordestinos.
O pedido do Consórcio Nordeste foi encaminhado dois dias depois que o embaixador Wanming entrou em atrito com o deputado Eduardo Bolsonaro (PFL-SP) que, em postagem em redes sociais, disse que a China teria sido responsável pela propagação do novo coronavírus no mundo.
Logo após o episódio, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pediram desculpas à China e prestaram solidariedade ao embaixador.
Mas este, não citou o Brasil, ao dizer que a China vai oferecer assistência e materiais médicos mais urgentes à Organização Mundial da Saúde (OMS), à União Africana e mais 82 países, para fortalecer o combate internacional ao coronavírus.