segunda-feira 7 de abril de 2025

Epidemiologistas defendem isolamento e cobram infraestrutura na rede pública para enfrentamento ao coronavírus

29 de março de 2020 2:35 por Thania Valença

Unidades da rede pública devem estar preparadas para atender infectados pelo coronavírus. Foto: Secom/AL

As medidas de isolamento social já adotadas devem ser mantidas, avalia o grupo técnico de apoio ao enfrentamento do COVID-19 em Alagoas. Formado por médicos infectologistas que atuam na rede estadual e privada, eles estão reunidos para analisar as medidas de combate ao novo coronavírus.

Com a prorrogação do prazo do decreto 69.541, que estabeleceu o isolamento social e a suspensão de atividades na indústria, comércio e serviços, conforme edição do Diário Oficial do Estado, publicada neste sábado, 28, os epidemiologistas divulgaram nota destacando a importância da continuidade dessa medida.

A estratégia de isolamento social, dizem eles, é avaliada em diversos estudos como medida mais efetiva para redução da velocidade de propagação do vírus na população, permitindo que um menor número de pessoas precise dos serviços de saúde e possibilite adequar o suporte para atendimento ambulatorial e hospitalar.

Segundo a nota, “estudos epidemiológicos demonstram que o novo Coronavírus (SARS-Cov2) consegue duplicar sua capacidade de transmissão a cada 5 dias”.

O grupo técnico alerta que 20% das pessoas infectadas precisam ser hospitalizadas, enquanto outros 5% vão exigir terapia intensiva. No Brasil, a doença vem dobrando o número de casos a cada 3 dias, possivelmente porque o surto do COVID-19 ocorre em mais de uma região do país, que contabiliza até hoje 114 mortos.

Em Alagoas, foram notificados 539 casos suspeitos, dos quais 56% encontram-se ainda em investigação, e em 14 pessoas a presença do vírus foi confirmada. “De acordo com esses dados, podemos considerar que ainda não temos o conhecimento ideal do momento epidemiológico em que o Estado de Alagoas se encontra”- afirmam os epidemiologistas.

Para eles, além da prorrogação do prazo de isolamento social, é necessário a ampliação da infraestrutura da rede pública, que atenderá as pessoas que necessitem de hospitalização, e capacitação profissional para receber essa demanda emergente.

O grupo técnico está em reunião permanente, “para contribuir com suporte científico, que possa embasar o enfrentamento dessa grave situação de forma mais eficiente, reafirmando nosso compromisso com a saúde pública do nosso Estado”.

Assinam a nota os epidemiologistas José Maria Constant (coordenador do Grupo Técnico), Fernando Maia (presidente de Sociedade Alagoana de Infectologia), Luciana Maria de Medeiros Pacheco (diretora médica do Hospital Escola Hélvio Auto), Maria Thereza Freitas Tenório (vice-presidente da ALACIH) e Sarah Dominique Dellabianca Araújo (coordenadora da CCIH do Hospital Unimed Maceió).

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