6 de abril de 2020 5:24 por Marcos Berillo
As enchentes do rio Ipanema provocaram um considerável aumento na vazão do rio São Francisco, arrastando um enorme volume de baronesas (Eichhornia crassipes) – plantas aquáticas também conhecidas como “balseiros” – até a foz do Velho Chico. O problema causa sérios transtornos às populações ribeirinhas, além de revelar desequilíbrio ambiental.
Nesse fim de semana, o deslocamento de um banco de baronesas localizado na região a montante de Propriá-SE e Porto Real do Colégio-AL inviabilizou a navegação e o acesso ao rio de várias populações, em diversos trechos do São Francisco.
Além do grande volume de massa vegetal, os bancos incluem outros detritos e objetos dentro das ilhas vegetais flutuantes, ou seja, lixo em grande quantidade.
O povoado Saramem, na margem sergipana da foz do São Francisco, foi um dos locais consideravelmente impactados pelas baronesas, pois ficou bloqueado entre a sexta feira e o final do último sábado.
Poluição
A presença das baronesas também são indicativos de poluição. Elas são plantas aquáticas exóticas e invasoras que proliferam ao sinal de poluição proveniente do despejo de esgoto nos rios. Elas estão cada vez mais avançando no rio São Francisco, principalmente, nas áreas da região do Vale do São Francisco.
Mas não pense que ela é uma planta ruim que estraga o rio, pelo contrário, as baronesas são espécies de filtros que se alimentam dos dejetos. É a natureza se defendendo do que não lhes pertence.
*Com assessorias
1 Comentário
Provavelmente, excesso de nutrientes (principalmente Nitrogênio e Fósforo) liberados por efluentes no ambiente aquático. Isto proporciona o desenvolvimento excessivo das algas. E a consequência não é apenas na navegação, também pode trazer problemas para as turbinas, além de provocar mortandade de animais aquáticos pela falta de oxigênio quando estas algas entrarem em decomposição. Estes são só algumas das consequências nefastas.