11 de abril de 2020 1:41 por Marcos Berillo
Assistir a bons filmes é uma opção de lazer para esta quarentena, por conta da pandemia de Covid-19. Uma boa notícia é que os internautas podem assistir, on-line e forma totalmente gratuita, cinco produções contempladas na primeira edição do Prêmio Guilherme Rogato, realizada em 2013, pela Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC).
Este foi o primeiro edital de incentivo à produção audiovisual disponibilizado pela prefeitura e repartiu, em sua primeira edição, R$ 150 mil para este setor, viabilizando a produção dos cinco filmes. Em 2015, na segunda edição do projeto, o Município dobrou o valor e, com R$ 300 mil, financiou dez projetos.
Todos podem ser encontrados na ferramenta de busca do site Alagoar (alagoar.com.br), portal independente que reúne importante acervo de produções audiovisuais em Alagoas.
Confira a lista:
“Rua das Árvores”, de Alice Jardim, é um documentário que investiga como as transformações da cidade tensionam a vida das pessoas que nela vivem. A história contada é a de Seu Gino e Dona Creuza, um casal que morou por 60 anos na Rua das Árvores e que pôde acompanhar, ao longo dessas décadas, grandes mudanças no centro da cidade.
“Ontem à noite”, de Henrique Oliveira, é um curta ficcional que apresenta a relação de Felipe, um advogado, e de Vivian, uma travesti. Dois personagens a princípio contrapostos, mas que se tocam através do desejo.
O documentário “Jorge Cooper”, de Victor Guerra, busca os vestígios que esse silencioso poeta do século 20 deixou na capital alagoana. Entre idas e retornos frustrados do Rio de Janeiro para ganhar a vida, Cooper retratava Maceió com amargura nos seus livros, quase todos lançados após sua morte pela Imprensa Oficial de Alagoas.
Já a ficção “O Vulto”, de Wladymir Lima, brinca com misticismo e magia ao contar a história de um casal adolescente na periferia de Maceió. O rapaz, um soldado do tráfico, está ameaçado de morte e vê sua amada apelar para um feitiço de São Cipriano, na esperança de protegê-lo.
Thalles Gomes, no documentário “Futebol na terra das rasteira”, entrevista jogadores, treinadores e jornalistas para contar a história da rivalidade entre CSA e CRB e apontar a sua importância antropológica para os alagoanos. A linguagem do filme é leve, e sua montagem, apenas com imagens em VHS, é muito bem feita.
O mais caçula de todos, “Os desejos de Miriam”, de Nuno Balducci, discute a solidão nos tempos de conectividade excessiva através da protagonista, uma dona de casa de classe média que tenta se entreter com seus dispositivos móveis durante um dia em que se encontra sozinha em seu apartamento.