quinta-feira 19 de setembro de 2024

Um dia depois da troca de comando no Rio de Janeiro, PF faz operação na casa do governador

26 de maio de 2020 2:32 por Marcos Berillo

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel | Divulgação

Menos de um dia depois da troca de comando na superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, uma obsessão de Jair Bolsonaro, preocupado com as investigações contra sua família, o novo superintendente regional, Tácio Muzzi Carvalho e Carneiro, cuja nomeação foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (25), colocou seus homens nas ruas, nesta terça-feira (26), numa ação de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

O objetivo da chamada Operação Placebo, antecipada pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e pelo deputado Filipe Barros (PSL-PR), é apurar indícios de desvios de recursos destinados ao combate do novo coronavírus (Covid-19), segundo a PF.

Os principais alvos da operação, que cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, são o governador Wilson Witzel e a primeira-dama, Helena Witzel.

Além do Palácio das Laranjeiras, a federal também cumpriu mandatos de busca e apreensão na antiga residência do governador, no escritório de advocacia de sua mulher e na casa do ex-subsecretário de Saúde Gabriell Neves, preso no último dia 7.

Comprovantes de pagamento para o escritório da mulher do governador estão entre os elementos de prova que embasaram o pedido de busca e apreensão na residência do casal. De acordo com o Ministério Público Federal, provas provenientes da Justiça Federal demonstram vínculo bastante estreito e suspeito entre a primeira-dama e as empresas de Mário Peixoto, preso há dez dias no âmbito das investigações da Operação Lava Jato sobre atos durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral.

De acordo com a PF, a organização criminosa alvo da apuração manteve sua atuação nas contratações emergenciais voltadas para o combate à pandemia do novo coronavírus.

A Operação Placebo repetiu o estilo da Operação da Lava Jato de vazar as ações. Zambelli havia anunciado nesta segunda-feira (25) que ocorreriam ações da PF em torno de atos de governadores por conta da pandemia.

“A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha, para sair, mas não saíam. E a gente deve ter, nos próximos meses, o que a gente vai chamar, talvez, de Covidão ou de… não sei qual vai ser o nome que eles vão dar… mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, disse a deputada a uma emissora gaúcha.

No seu perfil no Twitter, o governador disse estar indignado com o fato de deputados bolsonaristas terem anunciado a operação da Polícia Federal. Para ele, isso demonstrar que houve vazamento e também a interferência de Bolsonaro na PF do Rio, como o ex-ministro da Justiça Sergio Moro denunciou no dia em que pediu demissão.

Já a deputada Carla Zambelli preferiu manter a linha agressiva e esquiva do bolsonarismo quando é pego com a boca na botija e disse que “se tivesse informações privilegiadas e relações promíscuas com a PF” chamaria a operação de estrume.

Mas Zambelli não era a única que sabia da operação um dia antes. Nesta segunda, o deputado Filipe Barros postou em seu perfil no Twitter uma mensagem onde dizia que a operação desta terça desmentiria a fala de Moro, que disse no Fantástico do último domingo que Bolsonaro não tinha compromisso com a agenda de combate à corrupção.

Em tom comedido, o general Eduardo Pazuello, que está comandando o Ministério da Saúde enquanto Bolsonaro não escolher o novo ministro, limitou-se a postar mensagem dizendo que Witzel estava sendo alvo de uma operação da PF.

Fonte: Portal da Central Única dos Trabalhadores – CUT

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