7 de agosto de 2020 10:35 por Thania Valença
O tenente-coronel PM Antônio Marcos da Rocha Lima é um dos quatro denunciados à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MPE/AL), como responsáveis pelo assassinato do empresário Luciano de Albuquerque Cavalcante. O crime foi praticado na manhã do dia 25 de outubro de 2019, no Conjunto Vilage Campestre II, no bairro Cidade Universitária, em Maceió. A causa, segundo o Inquérito Policial nº 9774/2019, seria um suposto débito de R$ 3 mil, valor envolvendo um terreno, de propriedade da vítima, localizado no bairro Forene.
Em relatório datado do dia 30 de julho último, o promotor de Justiça Antônio Luis Vilas Boas Sousa, denuncia o oficial PM e mais três acusados com base no artigo 121,§ 2º, incisos I (motivo torpe), IV (surpresa/ multiplicidade de agentes), combinado com o artigo29 do Código Penal, conforme o processo nº 0715188-60.2020.8.02.0001. Se a Justiça aceitar a denúncia, Rocha Lima será pronunciado e submetido ao Tribunal do Júri.
Com isso, a situação do oficial PM se complica ainda mais. Exonerado do comando 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), no município de Rio Largo, o tenente-coronel está preso desde o dia 22 de julho último, acusado de envolvimento na morte de Luciano Albuquerque. Estão presos também José Gilberto Cavalcante Góes, Wagner Luiz das Neves Silva e Gílson Cavalcante de Góes Júnior, outros três denunciados como autores desse homicídio.
Segundo a delegada responsável pela investigação do assassinato, Tacyane Virgília Mendes Ribeiro, da Delegacia de Homicídios (DH), “há indícios suficientes de autoria, porquanto depoimentos, laudos periciais, ofícios, relatório de inteligência, filmagem, quebra de sigilo telefônico, análise dos celulares, auto de apreensão e apresentação, apontam”. Além disso, diz o relatório da delegada, “a materialidade restou comprovada por meio dos laudos periciais, cadavérico e certidão de óbito”.
Alo indiciá-los por homicídio doloso, a delegada Tatyane Ribeiro definiu os quatro como “indivíduos perigosos”, e os apontou como responsáveis pela comercialização de armas de fogo e munições.
Vaquinha virtual
Sem autoria declarada, circula em grupos de whatsaap de militares uma “vaquinha” virtual visando arrecadar dinheiro para pagamento dos advogados que vão defender o TC Rocha Lima. Além do pedido, há na publicação a imagem de um cartão da Caixa Econômica, em nome do militar, com dados bancários para depósito das doações.
“Boa noite SRs, todos nos sabemos do caso emblemático que envolveram nosso coronel Rocha Lima pois e, nosso coronel contratou dois advogados renomados para provar sua INOCÊNCIA e depois processar quem caluniou o comandante seja lá quem for, vários amigos estão colaborando com 100 reais para pagar os honorários dos advogados que cobraram 60 mil reais, contudo quem puder ajudar o TC Rocha Lima agradece com 50 ou 100 reais. O número da conta será postado abaixo” – diz o texto com o pedido de ajuda financeira.