domingo 24 de novembro de 2024

Brasil volta a registrar mais de 1 mil mortes por Covid-19 em 24 horas

Apesar do alto número de óbitos, Brasil deixou nestsa quarta (30) o estágio estável e entrou pela primeira vez em desaceleração da Covid-19

1 de outubro de 2020 1:00 por Da Redação

Brasil é o terceiro país com maior número total de casos de Covid-19 no mundo | Divulgação

Em sete meses de pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil, mais de 4,8 milhões de pessoas foram infectadas e o número de óbitos está em quase 144 mil. Após 15 dias sem registrar mais de mil vidas perdidas, este número voltou a crescer.

Já são 1.031 óbitos no período de 24 horas, totalizando 143.952 desde o início da pandemia. Apesar dos números de mortes ainda serem altos, o Brasil deixou nessa quarta (30) o estágio estável e entrou pela primeira vez em desaceleração da Covid-19, de acordo com o monitoramento do jornal da Folha de S. Paulo.

Apesar das mais de mil mortes em 24 horas, o número de novos casos caiu ao longo do tempo de maneira considerável. A média móvel diária de mortes no país nos últimos sete dias foi de 689 – uma redução de 12% em relação à média de duas semanas atrás, o que caracteriza a tendência, portanto, da estabilidade.

Ainda de acordo com a Folha, a nova fase da pandemia foi puxada pelo estado de São Paulo, que também entrou em estágio de desaceleração, após a revisão do modelo, em 3 de setembro.

Segundo especialistas, uma das possibilidades para a desaceleração, é o fato de que as pessoas mais suscetíveis ao vírus, que se arriscam mais já foram infectadas. Outro fator importante para a desaceleração da doença são as medidas de distanciamento social, higienização das mãos e o uso obrigatório de máscaras, apontados como responsáveis pela diminuição no número de casos de coronavírus.

O Brasil é o terceiro país com maior número total de casos de Covid-19 no mundo (4,8 milhões), atrás apenas dos Estados Unidos (7 milhões) e Índia (6 milhões).

Covid nos estados

Na última quarta-feira (30), 10 estados e o Distrito Federal apresentaram queda na média móvel de mortes por Covid-19. Já dois estados têm alta de casos: Roraima e Rio Grande do Norte.

No caso de Roraima, houve uma aceleração de 700% desde a semana passada, e alguns números são mais altos com a comparação de 14 dias. No último dia 30/09 foram sete mortes, enquanto na quinta-feira anterior (24/09) chegou a 19, resultando em numa média móvel de 4,5. Já no mesmo período de duas semanas atrás, o registro de mortes variou entre zero e dois, o que dá uma média móvel de 0,6, e por isso apresenta uma aceleração tão acentuada.

Quatorze estados estão em estabilidade, com variação de até 15% para mais ou para menos: Maranhão, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas, Amapá, Goiás e Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

Os dez os estados com queda na média móvel de mortes, além do Distrito Federal são: Acre, Pará, Rondônia, Alagoas, Tocantins, Piauí, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. As maiores quedas foram registradas em Rondônia e no Pará.

Nas últimas 24 horas, o estado de São Paulo registrou 231 novas mortes por coronavírus, chegando ao total de 35.622 óbitos desde o início da pandemia. Foram registrados 6.109 novos casos confirmados, elevando o total para 985.628 desde o início da pandemia.

A média móvel de mortes, que leva em consideração os registros dos últimos 7 dias e minimiza as diferenças das notificações, é de 161 óbitos por dia nesta quarta. A variação foi de – 17% em relação ao valor registrado há 14 dias, o que para os especialistas indica queda.

A tendência de queda tem se mantido desde segunda (28), quando o estado saiu de um período de estabilidade na média móvel depois de ter apresentado aumento nos registros após o feriado prolongado de 7 de setembro.

Vacina em São Paulo

Estado mais afetado pela pandemia do novo coronavírus no país, o governador de São Paulo ,João Doria (PSDB) afirmou que, se a CoronaVac passar na fase de testes em voluntários e for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacinação poderá ocorrer já a partir de 15 dezembro, começando por profissionais de saúde de unidades públicas e privadas do estado.

Fonte: Página da CUT

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