25 de novembro de 2020 1:25 por Nivaldo Mota
O futebol anda muito chato nos dias atuais, mundialmente falando, com raríssimas exceções, pouco de futebol verdadeiro é visto por aí.
Os jogadores são robotizados, desde cedo nas “escolinhas” o garoto aprende uma série de coisas, menos jogar bola. O futebol brasileiro sempre teve a ginga, molejo e o drible, tudo aprendido nas ruas esburacadas, com bola de meia, com laranja, limão e quando em vez uma bola “dente de leite”, lembra-se dela?
Hoje em dia as tais escolinhas incorporou a classe média, influenciadas pelo modismo televisivo dos grandes craques, a rigor esta mesma classe média fez do futebol uma possibilidade de seu rebento se tornar um craque milionário, mas a porta é estreite e nem todos chegam lá!
Mas aquele futebol moleque da rua, aonde os melhores da rua tentava uma peneira nos grandes clubes, isso acabou faz tempo, hoje virou um mercado, jogadores e treinadores só arrumam emprego se tiver um empresário forte que possa sair vendendo ou emprestando para os clubes ou apenas time de futebol.
Isso cria uma ciranda financeira e humana interessante, muitos dirigentes de clube, treinadores e obviamente o empresário da vez, ganham rios de dinheiro com os jogadores da atualidade, mas não precisa ser mais um craque, basta chutar uma bola que ele já vai para o mercado ser exposto numa prateleira.
Este posicionamento atual veio no embalo do neoliberalismo da década de 1990, a famosa Lei Pelé e outras mazelas determinaram esta lógica que vem matando o futebol não somente brasileiro, mas do mundo periférico como um todo.
O seguidismo de nossos dirigentes a tão propalada organização europeia, fez e vem fazendo do nosso futebol algo apenas para venda e exportação de jogadores, nada mais que isso! Mesmo o Flamengo, que tem vários craques nas suas divisões de base, quando sobe para o time de profissionais o cara nem esquenta o banco, é logo vendido por milhões de dólares, mas os clubes a rigor continuam em crise financeira.
Eu não sei qual a mágica, os nossos dirigentes tem a incrível capacidade de diminuir as receitas dos clubes ou dos seus times. Sim, o torcedor não percebeu, na maioria das vezes não temos direção coletiva, mas sim donos dos clubes, vide o caso em Alagoas com CSA e CRB.