20 de dezembro de 2020 12:49 por Redação
Quase 200 mil mortos no Brasil em decorrência da COVID e ainda há quem ouse dizer que nós vamos vencer a batalha pela saúde. Que essa é uma fase que será superada. Nós não vamos superar a COVID, nem venceremos coisa alguma.
A inaptidão para governar dos que hoje ocupam os cargos máximos no governo federal nos levaram a esse quadro tenebroso inimaginável no início de 2020. Para quase 200 mil pessoas não haverá 2021.
Eles não conhecerão seus filhos, netos, não terão a oportunidade de dar mais um abraço naqueles que amam. A vida terminou para eles. Vidas que poderiam ter sido poupadas caso tivéssemos um governo, um plano de vacinação, uma mínima disposição de entender e respeitar protocolos médicos e sanitários.
Em busca de um culpado, muitos foram às redes sociais monitorar seus vizinhos, amigos, celebridades da internet, flagrando encontros proibidos e inadequados para o momento em que vivemos. A nossa culpa, no entanto, é mais do que tudo coletiva.
Somos culpados por eleger um governo genocida e que se apresentava assim desde a campanha, mesmo que não imaginássemos as oportunidades que eles teriam de fato para implementar seu projeto assassino. Estamos reféns de movimentos antivacina, de lobbies do armamento que encontraram o grande momento da pandemia para zerar o imposto de importação de armas no Brasil, de todo tipo de negacionista da realidade que ganha espaço na internet viciada em likes e que estimula o sensacionalismo e não a informação verificada, dada por veículos confiáveis.
A confiança na informação se perdeu e infelizmente os caminhos que se apresentam para 2021 não são generosos o suficiente para nos curar do ano de 2020.