11 de março de 2021 12:29 por Geraldo de Majella
O ex-presidente Lula fez um pronunciamento à nação, ontem (10), demonstrando ser a principal liderança que pode unir o país. O aceno feito aos setores políticos à direita e ao centro deixou clara a maturidade adquirida pela vivência de ter sido duas vezes presidente da República, de ser uma liderança internacional e de ter sofrido perseguições pessoais que poucos sofreram no regime democrático.
Por mais de duas horas fez uma retrospectiva das conquistas que o Brasil teve nos seus dois governos e no de Dilma Rousseff, criticou a elite brasileira sem adjetivações, falou para os militares com segurança, demonstrando o quanto as Forças Armadas haviam conquistado nos treze anos em que a esquerda governou o país.
O que Lula quis dizer à nação é que para derrotar Bolsonaro todos os setores que estão contra o governo devem se unir em torno de um programa mínimo. A eleição não é o essencial no momento, pois o que o povo precisa é de vacina, auxílio emergencial e emprego. As eleições são um tema para 2022.
O domínio de palco, ninguém tem melhor do que Lula. Sua força moral e política cresceu exponencialmente com a anulação das condenações; derrota a Lava Jato e os seus algozes no Judiciário, e o mercado financeiro nacional e internacional, associados à mídia monopolista brasileira. A força política de Lula é emergente; é como se o ex-metalúrgico estivesse no início da sua carreira política. Nada ou ninguém é comparável a Lula. Nem Getúlio Vargas quando retornou ao governo pelo voto popular, em 1950.
Lula é um fenômeno político e uma força irrefreável da natureza.