22 de abril de 2021 9:02 por Geraldo de Majella
O secretário de Segurança Comunitária e Convívio Social (SEMSCS) da prefeitura de Maceió, delegado da Polícia Civil Thiago Prado, enviou uma notificação para que os moradores em Situação de Rua desocupem o espaço no prazo de quinze dias, a partir do dia oito. Esse grupo de pessoas vive em barracos precários, num terreno que pertence à Prefeitura de Maceió, no bairro do Benedito Bentes.
O vereador Siderlane Mendonça e o secretário Thiago Prado estão realizando uma ofensiva desde que o prefeito JHC foi empossado. A criminalização dos movimentos sociais e dos pobres tem sido a principal plataforma política do vereador Siderlane no referido bairro.
O encontro de interesses políticos e ideológicos aconteceu e o secretário, que é delegado de polícia, escorado no Código de Postura ameaça a População em Situação de Rua, numa ação típica do Estado Policial que o Brasil vivencia atualmente.
O delegado obedece às ordens do vereador, que é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e líder do prefeito JHC, além de presidente estadual do PSB. O PSB nos últimos anos em Alagoas organizou uma ala bolsonarista e agora coloca em prática a política higienista em Maceió.
Os sinais do neofascismo são evidentes em relação aos pobres e principalmente à população em situação de vulnerabilidade, por se encontrar na extrema pobreza. A Prefeitura não tem nenhuma política pública de assistência social para incluir a População em Situação de Rua. O braço mais avançado da administração municipal é a costumeira truculência policial.
Rafael Machado, líder da População em Situação de Rua Rafael Machado gravou um vídeo denunciando o fato.
A assessoria do vereador Siderlane Mendonça enviou esta nota:
“Já existe um planejamento de retirada das barracas que são de comerciantes, a Secretaria de Assistência irá buscar a solução para o caso dos moradores de rua que é um fato isolado.
A grande maioria dos moradores de rua não mora nesta invasão, mas no mercado e coretos que existem na região”.
1 Comentário
Prefeito JHC, que votou pelo impeachment de Dilma Roussef, é apoiador de Bolsonaro e aderiu às escolas militares, não está fazendo mais do que executar a necropolítica – matar pobres.