sexta-feira 22 de novembro de 2024

As cenas de selvageria ocorridas em Recife são o modus operandi dos policiais bolsonaristas

O projeto bolsonarista é a destruição do Estado; para tanto, é necessária a fragmentação das instituições, e as polícias são as cabeças de ponte do projeto de destruição da democracia brasileira que é o fascismo à Bolsonaro.

1 de junho de 2021 8:23 por Geraldo de Majella

Daniel Campelo da Silva atingido no olho. Crédito: Hugo Muniz

 

O ataque covarde dos policiais do Batalhão de Choque da PM de Pernambuco contra manifestantes que protestavam sábado (29/5), no Centro de Recife, contra o governo Bolsonaro acendeu o sinal de alerta no governo de Paulo Câmara. O governador agiu rápido, afastando o oficial que comandou a selvageria e, hoje, quatro policiais que participaram do evento foram afastados até ser concluída a investigação.

O saldo é trágico: dois cidadãos foram atingidos com balas de borracha, perdendo uma vista cada uma das vítimas. O governador, em vídeo postado em suas redes sociais, afirmou que não ordenou a repressão. Uma conclusão a que se chega é que o ato violento e covarde é uma provocação do núcleo bolsonarista na Polícia Militar de Pernambuco.

A vereadora Liana Cirne (PT) foi outra vítima da violência policial ao ser atingida com spray de pimenta nos olhos, sendo levada para atendimento médico numa unidade de saúde.

O secretário estadual de Direitos Humanos Pedro Eurico, em entrevista, reafirmou que não foi dada nenhuma ordem para a PM reprimir os manifestantes. O governador Paulo Câmara, para manter a ordem na PM, deve revisar todos os seus procedimentos junto ao comandante-geral e ao estado-maior da corporação.

As PMs contam com núcleos bolsonaristas que estão atuando com motivação político-ideológica, em sintonia com um comando paralelo que emite ordens diretas para esses núcleos a partir do Palácio do Planalto e de seus tentáculos nos parlamentos, num típico movimento de insubordinação que atenta contra a democracia e passa por cima dos governadores, que são os comandantes-em-chefe.

Atos que atentam contra a disciplina e ordem têm acontecido no Ceará, na Bahia e agora em Pernambuco. Não por acaso os três governadores são oposição ao presidente da República. Não é possível entender essa barbaridade como um ato isolado de um oficial e de policiais que resolveram atacar no final da manifestação. Esse ato faz parte do pensamento bolsonarista nas corporações policiais.

Os governadores devem aumentar o foco nas polícias militar e civil, que têm sido um dos principais instrumentos de ação do bolsonarismo, além, claro, das fake news usadas em quantidade industrial nas redes sociais. Manter as polícias sob controle é essencial para a democracia.

O projeto bolsonarista é a destruição do Estado; para tanto, é necessária a fragmentação das instituições, e as polícias são as cabeças de ponte do projeto de destruição da democracia brasileira que é o fascismo à Bolsonaro. Este, para chegar ao poder, contou com o apoio da imprensa e do mercado financeiro e se “ilustrou” com o liberalismo ultraconservador.

 

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