18 de junho de 2021 8:49 por Geraldo de Majella
O Museu da Imagem e Som de Alagoas (Misa) foi fundado em 3 de setembro de 1981 com o objetivo de preservar o patrimônio audiovisual estadual. Em 2021 o museu completa quarenta anos. Uma data importante para a história da instituição ‒para ser comemorada pelo governador Renan Filho.
Alagoas na atual administração dispõe de 5 bilhões de reais para investir em qualquer área desde que o governador entenda necessário. O Misa precisa ser modernizado e ampliado, para melhor conservar os acervos particulares que foram confiados ao museu nas administrações anteriores, mas na falta de técnicos e de equipamentos, o acesso é precário e presencial.
Um dado a ser considerado nos dias de hoje é que a consulta pela internet não é possível porque o acervo não está digitalizado e disponibilizado para se pesquisar pela rede mundial de computadores. O site da Secretaria de Estado da Cultura informa que dispõe de coleções de fotografias, fitas VHS, fitas K7, DVD, discos vinil, equipamentos de áudio e vídeo, o acervo do radialista Edécio Lopes, composto de quase 1.200 itens, o acervo do jornalista Freitas Neto, filmes 16mm, filmes Super 8, negativos de slides e livros.
Preparar o museu para receber acervos privados e disponibilizá-los pela internet como fazem todos os museus e arquivos que se prezam no Brasil e no mundo, seria uma revolução para os padrões alagoanos na gestão de equipamentos culturais. Há dois exemplos a serem seguidos: o museu Théo Brandão, da Universidade Federal de Alagoas, e o recém-inaugurado Centro de Cultura e Memória do Poder Judiciário de Alagoas. Esses dois casos podem servir como parâmetro.
O investimento em tecnologia é baixo diante do valioso acervo albergado no Misa, para colocar os acervos documentais e de audiovisuais à disposição em qualquer lugar do mundo.
O bairro de Jaraguá (e seu entorno)tem vários museus e equipamentos culturais além do Misa: Casa do Patrimônio (Iphan), Fundação Pierre Chalita, Memorial da República, Museu do Comércio de Alagoas, Pinacoteca da Ufal, Museu Theo Brandão, Museu da Tecnologia do Século XX, Museu da 2ª Guerra Mundial, Centro Cultural com o teatro Gustavo Leite e a Casa Jorge de Lima, atual sede da Academia Alagoana de Letras (ALA).Esse conjunto de museus é um diferencial na cidade e apresenta para o mundo o que dispomos e quem somos.
Governador Renan Filho, o dinheiro existe, basta querer fazer. O investimento em cultura é uma alternativa para o desenvolvimento com inclusão social.
1 Comentário
Não podemos esperar pela boa vontade do governador. O povo precisa dizer o que quer e como quer na Cultura. Precisamos de agitação, precisamos chamar o povo todo para ir junto, entender a cultura, valorizar o que temos, fortalecer. Enfim, tudo é luta. É preciso sair do sofá.