29 de setembro de 2021 1:10 por Mácleim Carneiro
Houve um tempo em que o Caderno B, do jornal Gazeta de Alagoas, em parceria com a escritora e poeta Arriete Vilela, aos sábados, sempre trazia uma entrevista bastante criativa, cujas perguntas são citações de diversos autores, para reflexão do entrevistado.
Tive a honra de ser o entrevistado de um desses sábados, e uma das perguntas foi essa:
– “Quando se ouve boa música fica-se com saudade de algo que nunca se teve e nunca se terá”? (Samuel Howe) >>>foto
Minha resposta:
Se uma música contiver os três elementos básicos – melodia, harmonia e ritmo – bem definidos e esteticamente bem elaborados, sem dúvida, ela, entre tantas outras possibilidades sensoriais, pode ser também uma espécie de máquina do tempo.
Assim como os demais sentidos, inerentes aos seres humanos, a boa música é capaz de nos transportar em pêndulos onde o passado, o presente e o futuro são trajetórias, estações com paradas não obrigatórias.
A partir dessa premissa, a saudade e tantos outros sentimentos se amalgamam aos signos contidos em cada nota, cada acorde e andamento, possibilitando ao fruidor atento ratificar a assertiva de Samuel Howe.
Além disso, a boa música é fluida, não se aprisiona, é de utilidade da alma. De tão leve ou densa nunca se tem inteira ou se terá sozinha.
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!!???