12 de outubro de 2021 7:17 por Mácleim Carneiro
Numa quarta-feira, de algum tempo atrás, em mais uma etapa do projeto Teatro Deodoro é o Maior Barato, aconteceu o show ‘Gravidade’, do jovem artista Felipe De Vas.
Fui assistir em substituição ao colega Luiz Pompe – essa era uma pauta dele. Pois bem, fui sem a expectativa do “novo” tão em voga, porque entendo que, conceitualmente, nessa seara, nada há de novo que não seja apenas resignificados para algo preexistente.
Portanto, fui conhecer um universo musical diferenciado do meu e, por isso mesmo, fui totalmente disposto a entendê-lo, a partir das possibilidades que a fruição possibilita.
Eu não poderia tecer qualquer comentário sobre o que vi, sem antes, necessariamente, passar por uma questão conceitual, a qual, por sua vez, passa pela opção de referências ou a falta de amplitude delas.
O que se convencionou chamar de “a nova música brasileira” e, no caso específico, “a nova MPB Alagoana”, tem como protagonistas jovens da geração Y e Z.
Sendo assim, com boas e substanciosas exceções, têm como referência pasteis de feira e símiles. E é aí, que mora o nó da questão.
Gerações anteriores, que em sua época também protagonizaram o que igualmente era rotulado como “nova música…”, não tiveram a desventura de tamanha escassez, não tiveram o infortúnio de uma música tão insípida.
Cada geração elege seus ícones e estrelas-guia, isso é natural do ponto de vista sociológico.
Houve a geração, na qual os Beatles cumpriram esse papel. Depois, a geração que tinha a tropicália e seus expoentes como mentores musicais. Em seguida, veio uma geração fidelíssima ao Renato Russo e Legião Urbana, e de lá pra cá, as coisas continuaram ladeira abaixo, até chegar à cena atual.
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!???