4 de julho de 2022 2:20 por Mácleim Carneiro
No dia 24 de maio, saí de Maceió sob intensas chuvas torrenciais, de proporções bíblicas, que fariam inveja a Noé. Desde então, choveu em Alagoas, em pouco mais de um mês, um volume de chuvas que corresponde ao esperado para o ano inteiro. Certamente, isso estava no radar dos serviços de meteorologia.
Então, porque os governantes optaram por gastar milhões nas festas juninas, pagando cachês exorbitantes a alguns artistas nacionais, numa disputa irresponsável e eleitoreira, entre a prefeitura de Maceió e o governo do Estado, sem nenhuma responsabilidade e preocupação preventiva, para o que estava se desenhando e acabou acontecendo? Seria maquiavélico pensar que, em ano de eleição, remediar dá mais votos do que prevenir? Seria tão descabido supor que, suas excelências sabem, esperam e se eximem, escorados na caridade e altruísmo da população, essa sim, que nunca falha e se mobiliza em momentos de calamidades como agora?
Não foi por infeliz coincidência, que publiquei aqui os escritos CRIME ANUNCIADO, parte I e II. Neles, faço menção às enchentes no Vale do Mundaú, dos anos 1969 e 2010. O intervalo da primeira pra segunda foi de 41 anos, e da segunda para a de agora, 2022, de apenas 12 anos. O intervalo entre elas foi expressivamente reduzido e isso já era previsível, pelas mudanças climáticas, desde a ECO 92. Certamente, o sofrimento de agora tornará a acontecer ainda mais rapidamente, assim como os questionamentos que faço aqui, se não houver medidas preventivas que, ao menos, mitiguem o sofrimento da população, sempre a mercê dessa politicagem perversa.
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!!!!