28 de julho de 2022 2:14 por Da Redação
A aliança formalizada nas convenções do PSDB, Cidadania e MDB, nessa quarta-feira (27), em Brasília, para lançar a senadora Simone Tebet (MDB) candidata a Presidência da República repercutiu nos estados. Alagoas é um dos casos onde existe disputa na Federação PSDB-Cidadania.
O Cidadania lançou a pré-candidatura do ex-deputado Régis Cavalcante ao governo de Alagoas. O PSDB, que foi esvaziado num golpe político orquestrado pelo deputado federal Arthur Lira (PP) com o senador Rodrigo Cunha (União), alcançou o primeiro objetivo: o de inviabilizar as candidaturas proporcionais de deputado federal e estadual.
Sábado, dia 30, acontecem as convenções da Federação Partidária PSDB e Cidadania. Será o Dia D para a candidatura de Régis Cavalcante.
A Federação em Alagoas é dominada pelo deputado federal Pedro Vilela (PSDB), que tem a maioria dos votos, e dirá com quem deverá fazer aliança no âmbito estadual.
Sedução
Arthur Lira (PP) fez uma proposta de transferir 60 mil votos para o deputado Pedro Vilela e mais apoio logístico, segundo uma fonte do 082noticias. O interesse de Lira é o apoio da deputada Jó Pereira (PSDB), que é pré-candidata a vice-governadora na chapa de Rodrigo Cunha (UB).
Lira não é conhecido como um político que discute projetos políticos gerais, mas, pela prática do que se chama de pragmatismo eleitoral predatório.
A proposta política apresentada pelo senador Renan Calheiros (MDB), coordenador político da campanha de Paulo Dantas, ao deputado Pedro Vilela, foi garantir-lhe a vaga na primeira suplência do candidato a senador Renan Filho (MDB). O ex-governador, possivelmente, será eleito segundo indicam todas as pesquisas feitas e registradas no TSE.
Dilema tucano
Dessa forma, Pedro Vilela terá de tomar, nos próximos dias, a grande decisão da sua curta vida política. Uma opção é sucumbir à sedução do milionário deputado Arthur Lira, o principal líder do Centrão e controlador do Orçamento Secreto – duto por onde jorram bilhões de reais para compra de apoio no Congresso Nacional.
A outra proposta é a do neto do Menestrel da Alagoas, senador Teotônio Vilela, assumir a cadeira como senador de República durante o mandato de Renan Filho, como parte do compromisso com os Calheiros.
Caso diga “sim”, Pedro Vilela será o terceiro membro da família Vilela a chegar ao Senado Federal. O segundo foi o seu tio, Teotonio Vilela Filho (PSDB), que sucedeu ao pai, Teotônio Vilela.
Alagoas, no próximo dia 30, ficará sabendo se o Centrão/Arthur Lira (PP) se confirmará como o grande investidor no mercado eleitoral. Pedro Vilela é quem decide o destino da Federação partidário PSDB-Cidadania.
Régis Cavalcante é voto vencido no diretório da Federação. O que fará se a decisão da convenção for a aliança com Arthur Lira? Nos próximos dias, Alagoas ficará sabendo.