19 de dezembro de 2022 6:03 por Da Redação
Afastado do cargo por 60 dias, o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, foi preso na manhã desta segunda-feira, 22, na segunda fase da Operação Beco da Pecúnia. A ação, executada por 12 agentes, foi deflagrada pela Polícia Federal na investigação sobre possíveis crimes de desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O prefeito é suspeito de desviar verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS), entre os anos de 2019 e 2022.
A investigação mostrou 245 saques na boca do caixa, feitos nas contas das empresas contratadas pelo prefeito. Todos os saques foram no valor de R$ 49 mil, para tentar enganar o Banco Central.
Além dos crimes já referidos, a PF identificou ações visando impedir ou embaraçar a investigação que envolve organização criminosa, crime previsto no art. 2º, §1º, da Lei n. 12850/13. Informações não oficiais revelam que a prisão foi decretada por que documentos necessários à investigação teriam sido escondidos pelo prefeito.
Na operação de hoje, foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva no município. A primeira fase foi deflagrada no dia 11 último.
Por determinação judicial, os envolvidos nos atos de corrupção estão proibidos de frequentar órgãos públicos do município, manter contato entre si e de se ausentarem do país. Os contratos firmados entre as pessoas jurídicas e o município de Rio Largo.
A operação da Polícia Federal flagrou se deu após flagrante de entregas de dinheiro a pessoas vinculadas a Gilberto Gonçalves, por pessoas ligadas às empresas contratadas pelo município. Os contratos firmados entre essas empresas e o município foram suspensos.
A defesa do prefeito ainda não se manifestou.