Exatamente no dia 16 de setembro, do ano passado, publiquei aqui o meu ponto de vista sobre o que resultou da Emancipação Política de Alagoas. Ao reler o escrito ‘Dia de Praia’, percebi que as coisas não mudam mesmo, a não ser pelos novos índices vergonhosos, ratificando que a não ruptura com o nosso passado colonial, com a elitização do poder político e a falta de educação descente para o nosso povo, não nos permite avanços e nem consciência política e social. Eis a construção igualitária que nos foi legada e imposta, nos atrelando ao início da nossa gênese emancipatória, pelo o que de pior poderia resultar.
Por isso, como a maioria dos alagoanos não deve saber mesmo, essa efeméride soma agora 205 anos de establishment. O simbolismo da data já diz tudo. Principalmente, quando descobrimos ser irrefutável o fato de que ao sermos emancipados por Dom João VI, e desde então eximidos da tutela de Pernambuco, estamos até hoje reféns das maldades e estripulias políticas da elite alagoana, seus postulantes e asseclas.
As eleições majoritárias estão aí, batendo a nossa porta, e sempre haverá alternativas capazes de aliviar um pouco o estigma desse fardo atávico, que nos foi legado como herança maldita. Sou daqueles que ainda crê no exercício do voto sensato, como um importante instrumento de cidadania e mudança, sem fisiologismo ou ardores ideológicos e passionais. As cartas estão na mesa e não vale trapacear com o nosso povo.
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!!!!
2 Comentários
Em poucas palavras descreveu/pintou um quadro da nossa triste realidade.
Sim, Cristina, ainda estamos reféns dessa realidade.
Obrigado pela gentileza do seu comentário.
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!???