19 de dezembro de 2022 4:41 por Da Redação
Termina nesta quarta-feira, 9, o prazo de 48 horas estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para que as Polícias Civis e Militares e também à Polícia Federal (PF) e à Polícia Rodoviária Federal (PRF) informem se identificaram líderes, organizadores e financiadores dos atos criminosos que ocorrem desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição.
Em Alagoas, além da manifestação, os órgãos de informação e de segurança estão investigando os autores de ameaças feitas contra parlamentares ligados ao presidente eleito, Luiz Inácio da Silva. Uma das investigações no estado tem como alvo integrantes de um grupo denominado “Liberdade de Expressão”, que fazem ameaças ao deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão.
O parlamentar criticou o protesto que acontece em frente ao quartel do 59º Batalhão de Infantaria Motorizada (59º BIMTz), no bairro do Farol, em Maceió, e cobrou das autoridades responsáveis as providências já determinadas pelo ministro Alexandre Moraes.
“Em Alagoas, um bando de hienas que não conseguem conviver com a democracia está em frente ao quartel. Isso é muito grave porque uma parcela [dos manifestantes]são militares da ativa ou da reserva. Até hoje não houve uma posição mais decisiva do Ministério Público Estadual e também a nível federal, porque esses órgãos são responsáveis pelo controle das polícias no Brasil” – disse o parlamentar, em pronunciamento na Câmara Federal.
Os envolvidos no ato de protesto reagiram ameaçando a vida do deputado petista.
“Vamos marcar um encontro pra dar uma pisa nesse Paulão! Vamos meter a mão na cara dele. Deputado federal e bosta é a mesma coisa!” – diz um dos manifestantes, , identificado como Reis, em postagem no grupo “Liberdade de Expressão”.
Em resposta, um outro integrante diz que é voluntário para a empreitada criminosa.
“Já mandei encomendar no Seo Deda duas tabicas de cipó fogo para ir a esse encontro. Eu corto o cipó pela cara dele e uso gás de pimenta! Pode dar o problema que der. Pode dar repercussão nacional, mas sou voluntário pra dar uma pisa nesse Paulão!” – reage.
Ainda no grupo de WhatsApp, outro membro se identifica como policial militar e desafia o deputado Paulo Fernando a chamá-lo de hiena.
“Só quero ser policial militar até essa data. Desafio o Paulão a me chamar de hiena pra ver o que vai acontecer com ele” – ameaça o militar.
Os áudios estão circulando em grupos de WhatsApp, e já foram encaminhados aos órgãos de segurança.