26 de dezembro de 2022 10:27 por Da Redação
A herança ou legado deixado por Bolsonaro é o ódio e a estruturação de centenas de células terroristas espalhadas por todo o território nacional.
Os centros de formação de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CAC) são as “escolas de formação de terroristas” – há exceções, claro – mas, como há milhares de brasileiros que aderiram a essas entidades que se sustentam política e ideologicamente com o discurso bolsonarista, elas têm formado “lobos solitários”.
O empresário terrorista George Washington de Oliveira Souza, de 55 anos, preso em Brasília no sábado, 24, com um arsenal de armas e farta munição, confessou à Polícia Civil do Distrito Federal que pretendia detonar um artefato nas imediações do aeroporto de Brasília.
“Palavras de Bolsonaro me motivaram a adquirir armas”, disse o terrorista, em seu depoimento. Ele também teria participação os atos antidemocráticos, em frente ao quartel do Exército em Brasília.
A lei antiterror (nº 13.260) define:
“Art. 2º O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”.
“O terrorismo é crime hediondo, impassível de graça, indulto ou anistia. E deve ser tratado com o rigor da lei”, disse, o senador Rondolfe Rodrigues sobre a bomba encontrada em Brasília.
Bolsonaro flertou com terrorismo
Quando era tenente do Exército, Bolsonaro planejou um atentado terrorista em busca de aumento de salário, um dos motivos que ocasionou a sua saída da instituição.
Os caminhos que facilitaram a aquisição de armas e a proliferação de CACs, durante o seu mandato presidencial, tem sido motivo de preocupação para militares que não aderiram ao bolsonarismo nas três Armas e nas polícias. Este setor, que tudo indica ser minoritário, sente a necessidade do Estado controlar a aquisição de armamento pelos civis.
A desarticulação de áreas significativas do Estado brasileiro foi a sua principal atividade na Presidência da República, mas, quando se analisa as relações de Bolsonaro e seus filhos com a indústria bélica nacional e internacional é que fica evidente a ação da familícia como lobistas das armas.
O terrorismo, entre tantas, é uma das piores faces do governo que termina a mais cruel e covarde gestão.
‘Violência’ é palavra de ordem no bolsonarismo ‘raiz’
A maioria dos bolsonaristas ‘raiz’ tem consciência plena de que a violência é a palavra de ordem. Isso é o que move as ações da extrema-direita.
As donas de casas, os velhinhos aposentados civis e militares que oram e choram pedindo intervenção militar não se resignaram com a derrota nas urnas e, certamente, não mudarão de ideia.
Até parecem homens e mulheres “de bem” – no sentido da boa intenção. Porém, não é prudente pensar assim ou querer amenizar a participação deles nas manifestações criminosas.
A busca urgente para desbaratar os financiadores do golpismo é fundamental para conter o avanço do terrorismo no país.
A ligação dos manifestantes com o terrorismo acontece na observância de comandos distintos e seccionados, mas que se interligam através do discurso e na agitação de ruas e nas redes sociais.
Aparentemente, esses grupos estão sem comando, o que não é verdade. Eles agem, exatamente, sob ordens que são emitidas dos porões do terror bolsonarista.
Em cada estado da federação existe um núcleo dirigente. Em Alagoas, os mais atuantes são o deputado Cabo Bebeto (PL) e os vereadores delegado Fábio Costa (PP), eleito deputado federal, e Leonardo Dias (PL), esse o núcleo político mais visível e com atuação pública e nas redes sociais.
Os órgãos de Inteligência do ministérios Público Estadual e Federal, da Polícia Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal não se pronunciaram, mas, as células terroristas seguem funcionando em Alagoas.