segunda-feira 23 de dezembro de 2024

TJAL propõe monitoramento do uso de agrotóxicos em Alagoas

Criação de grupo de trabalho foi proposta pela Coordenadoria de Direitos Humanos do Poder Judiciário
Desembargador Tutmés Airan destacou o uso excessivo de agrotóxico em Alagoas | Adeildo Lobo

A Coordenadoria de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), propôs, na última quinta-feira (19), a criação de um grupo de trabalho para monitoramento e análise do uso de agrotóxicos no estado. A proposta foi discutida durante reunião no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (CREA/AL).

O desembargador Tutmés Airan, coordenador de Direitos Humanos do TJAL, destacou a relevância do tema para garantir direitos legalmente previstos.

“Fomos procurados por uma comissão de agrônomos preocupados com o uso excessivo de agrotóxico em Alagoas, então aprofundamos o olhar e constatamos que o Brasil é o país que mais consome agrotóxico. É uma questão que diz respeito aos destinos da humanidade e que trata pelo menos de dois direitos básicos que estão sendo violados, que são o direito ao meio ambiente equilibrado e o direito à saúde”, explicou o desembargador.

Tutmés ressaltou que o envolvimento do Poder Judiciário é essencial na busca de soluções. “Viemos discutir aqui com o CREA uma atuação mais eficaz no controle e combate ao excesso desse uso, cumprindo o papel proativo que cabe ao Poder Judiciário de estimular e fomentar discussões e providências que podem e devem ser tomadas”.

Segundo levantamento inédito feito pela Agência Pública e Repórter Brasil, a partir de dados de 2019 a março de 2022 do sistema de notificações do Ministério da Saúde, 439 pessoas morreram devido a intoxicações por agrotóxicos, o que equivale a um óbito a cada três dias.

A presidente do CREA/AL, engenheira civil Rosa Maria Tenório, explicou que o grupo de trabalho será reformulado na busca por uma ação efetiva para o bem da sociedade.

Foto: Adeildo Lobo

“Em 2021, realizamos o Fórum da Agronomia de Alagoas e dentro dele foram criados grupos de trabalho, e um deles versava sobre a política dos defensivos agrícolas. Um grupo que efetivamente não teve uma atuação, mas agora com essa provocação do Judiciário vamos resgatá-lo, na certeza de que traremos uma discussão plural com soluções que beneficiem a população e o setor produtivo do estado”, explicou.

A reunião contou a presença de profissionais da Câmara Especializada de Agronomia, conselheiros federais de engenharia e agronomia, além de profissionais da área que discutiram as dificuldades e possíveis soluções para o problema que envolve meio ambiente e saúde pública em Alagoas.

Fonte: TJAL

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