25 de abril de 2023 7:47 por Nivaldo Mota
Impressionam os números no campeonato alagoano de 2023, com relação ao público pagante e aquilo que se acostumou-se dizer, “o total presente nos estádios”! Impressiona porque as direções, principalmente dos principais clubes fazem campanhas para sócios, quer dizer, a pessoa paga de forma antecipada e ver uma legião entrar de graça nos jogos dos seus times!
Aqui em Alagoas, Ministério Público tinha que tomar as rédeas e investigue este descalabro, ninguém confia nos públicos e rendas divulgados a cada final de partida, as manipulações dos borderôs corre a revelia da Lei.
Os clubes, apesar de serem entidades privadas, são públicas no sentido das paixões que as envolve, por isso caberia uma investigação séria, não de faz de conta, nos borderôs divulgados, não é possível que 54 mil pessoas paguem o ingresso, seja como sócio ou como torcedor não sócio e cerca de 30 mil simplesmente entrem de graça no estadual, quem são eles?
Tá certo que podemos dar um desconto, pequeno, com relação a crianças, mas hoje em dia está difícil levar crianças aos estádios, nos dias atuais os estádios viraram Arenas, bem apropriado para a violência que vemos a cada jogo!
Mas não tem sentido que do total de público pagantes, os clubes e suas direções perdulárias coloquem quase 55% de gratuidade, se alguns estão tendo privilégios, porque não estende-la para todos, seria mais correto!
Total de público pagante 54.692, em 34 jogos, tivemos uma média por jogo no alagoano de 1.608 pagantes por jogo. Quando vamos ver o “total” de público, percebam o salto, 85.326, que deu uma média de 2.509 torcedores. Mas reparem, tivemos 30.634 pessoas que não pagaram ingressos, um absurdo!
O ASA foi quem proporcionalmente colocou mais gente de “graça”, o alvinegro teve um total 13.452 pagantes, com média de 2.242. Mas o total de público no “Fumeirão”, em jogos do ASA, deu um salto para 23.635, quer dizer que mais de 10 mil entraram sem pagar.
O CRB foi o time que colocou mais gente como mandante, foram 28.116 pagantes, mas o número sobe quando colocamos os presentes, 36.978, um acréscimo de 8.862.
É preciso investigar, as pessoas estão sendo lesadas, e ao meu ver, para barrar esta esculhambação, a comercialização dos ingressos, entradas nos estádios, não deviam ficar nas mãos dos clubes, isso devia ter o controle de órgãos independentes. A coisa tá tão ruim, que para justificar “públicos menores”, baixaram até a capacidade do Rei Pelé.