13 de novembro de 2024 11:48 por Geraldo de Majella
Até o momento, quatro dos nove deputados federais de Alagoas — Paulão (PT), Rafael Brito (MDB), Daniel Barbosa (PP), Marx Beltrão (PP) e Luciano Amaral (PV) — manifestaram apoio ao Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que propõe extinguir o regime 6×1 na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A medida, idealizada pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL-RJ) e apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), visa a dar ao trabalhador mais flexibilidade, eliminando a obrigatoriedade de um dia de folga apenas após seis dias consecutivos de trabalho.
O deputado Isnaldo Bulhões (MDB), assim como os parlamentares extremistas Alfredo Gaspar (UB) e Fábio Costa (PP), alinhados a setores empresariais mais conservadores, ainda não se posicionaram oficialmente sobre a PEC.
A proposta tem gerado debate nas redes sociais, mas segue sem resposta do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que também optou por não comentar o assunto até o momento.
Enquanto isso, destaca-se a disparidade entre o regime de trabalho dos deputados e o da maioria dos trabalhadores. Os parlamentares em Brasília seguem uma escala que exige presença no Congresso apenas três dias na semana — terça, quarta e quinta-feira — com quatro dias de folga.
Embora alguns mantenham atividades nas bases eleitorais fora desses dias, a única exigência formal é a presença de terça a quinta no Congresso.
A proposta de mudança na CLT é vista como um passo para a modernização das relações de trabalho, ainda que o apoio parcial da bancada alagoana reflita divisões internas e alinhamentos diversos com setores econômicos e sociais.