20 de dezembro de 2024 12:27 por Da Redação
Em nota oficial, o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas repudiou, nesta sexta-feira (20), os ataques racistas, misóginos e a violência verbal desferida pelo radialista Rodrigo Veridiano, contra a jornalista Géssika Costa (@gessikacostaa). O ataque foi nas redes sociais de Veridiano, após comentário da jornalista em uma publicação do radialista, sobre a iluminação natalina colocada pela Prefeitura de Maceió em diversas áreas da cidade.
“A falta de argumentos revela uma faceta de preconceito que merece todo o nosso repúdio como categoria e como seres humanos”, disse o presidente do SindJornal/AL, Alexandre Lino.
Na nota, o SindJornal destaca a premiada jornalista como liderança no movimento negro e na luta das mulheres.
A postagem agressiva do radialista no perfil @omundoecapitais foi apagada, mas a ação não impediu a comprovação dos ataques, pois Géssika imprimiu a mensagem (captura de tela em foto). Veja abaixo.
“As redes sociais não podem e nem devem servir de palco para promoção de qualquer tipo de violência. O bom debate com conteúdo e argumentos é salutar para resolução de problemas que envolvem a nossa sociedade. E a imprensa está apta para promover esse tipo de discussão”, afirmou Alexandre Lino, na nota de repúdio divulgada na manhã desta sexta-feira, 20.
“Incapaz de interpretar uma frase, ele retrucou de forma baixa e carregada de misoginia. Não conhece minha trajetória ou minhas lutas, mas ainda assim se sentiu à vontade para escrever o que escreveu, acreditando no silêncio e na impunidade. Se ameaçou “afundar um pepino em mim”, saiba que a internet não é terra sem lei. Pessoas desse tipo, projetos mal acabados de misoginia, não me intimidam. Sou mulher, preta e jornalista. Nunca fugi à luta, e não será agora que o farei”, declarou Géssika, em resposta à agressão.
Sem argumentos, Veridiano, que se apresenta como “jornalista, radialista, professor de humanas, historiador e católico”, se limitou a agredir Géssika com violência de gênero, e absoluta falta de civilidade.
“A violência de gênero — seja expressa por palavras ou atos — não pode ser normalizada, minimizada ou tratada como uma simples divergência de opinião. Se o dever do jornalista é refletir as preocupações de seu tempo, fico satisfeita de tê-lo incomodado”, reagiu Gésika Costa.
Diante da reação do Sindicato dos Jornalistas e das várias manifestações de repúdio dos profissionais, o historiador Rodrigo Veridiano apagou o comentário sem se manifestar sobre a situação que provocou.