18 de março de 2025 5:58 por Da Redação

A decisão de Eduardo Bolsonaro, de tirar licença do mandato e permanecer nos Estados Unidos, não é apenas uma atitude controversa, mas revela um comportamento típico de quem busca fugir das consequências de seus próprios atos. Sob intensa pressão de investigações no Brasil, Eduardo optou por se ausentar do país, alegando perseguição política, quando, na realidade, está tentando evitar um desfecho desfavorável para sua trajetória política.
A licença, embora legal, representa um desrespeito aos eleitores que o elegeram para representar seus interesses na Câmara dos Deputados. Ao invés de enfrentar as acusações e se defender dentro das instituições democráticas, Eduardo Bolsonaro age como alguém que teme prestar contas. Seu afastamento reforça a percepção de que sua atuação política esteve frequentemente associada a discursos extremistas e ações antidemocráticas, e que agora, diante das consequências, prefere buscar abrigo no exterior.
Além disso, a escolha dos Estados Unidos como destino não é aleatória. Trata-se de um país onde Eduardo Bolsonaro cultivou relações com setores da extrema-direita e políticos ultraconservadores do Partido Republicano, buscando respaldo ideológico e político. No entanto, essa estratégia evidencia um comportamento que beira a covardia política.
O mais grave é que sua decisão ocorre em um momento no qual o bolsonarismo enfrenta uma crise sem precedentes, com investigações que podem comprometer não apenas seu pai, Jair Bolsonaro, mas todo o núcleo político e familiar que o cerca. A saída do país neste contexto soa como um abandono do barco no momento em que as águas se tornam turbulentas.
Optar pela fuga, disfarçada de licença parlamentar, apenas reforça a imagem de que seu compromisso é com a autopreservação. Percebendo que o barco está adernando, resolveu fazer companhia ao seu colega Allan dos Santos, também foragido da Justiça brasileira. A família Bolsonaro começa a desmoronar como um castelo de cartas.