28 de setembro de 2020 11:44 por Geraldo de Majella
O artista plástico Rogério Henrique Gomes Ferreira nasceu em Anadia (AL) no dia 16 de setembro de 1940. Filho de Pedro Gomes de Oliveira e Dulce Ferreira Gomes, fez o antigo curso primário no Grupo Escolar Rui Barbosa, em Anadia. Em Maceió, para onde a família se mudou, continuou os estudos no Guido de Fontgalland, onde cursou o ginásio. No Científico foi para o Colégio Diocesano, atual Marista. É graduado em Pedagogia pela Ufal e mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia, tendo concluído a pós-graduação em 1975.
O gosto pelas artes o acompanha desde criança em Anadia, quando começou a desenhar. Em 1959, aos 19 anos, começou a pintar como aluno de Lourenço Peixoto. No Rio de Janeiro estudou com Ivan Serpa. E em 1968, com 28 anos de idade, realizou a sua primeira exposição individual na Galeria Rosalvo Ribeiro, em Maceió. A segunda exposição ocorreu no Hotel Nacional, em Brasília, em 1973. Daí em diante não parou de expor e trabalhar.
As suas obras já foram expostas em galerias e museus brasileiros e estrangeiros. Rogério Gomes já expôs nas galerias Sucata, Mario Palmeira, Karandash, Fundação Pierre Chalita, Pinacoteca Universitária, Espaço de Alagoas, Gamma e Centro Cultural Arte Pajuçara.
A sua trajetória internacional é algo admirável; suas obras estiveram no Brazilian Center Gallery, Londres; USF Incorpored, New York-San Francisco; Galeria Maeder, Berlim; Galeria Elvine Dalbanes, Paris; In Side-Out Side, Alexander Gallery, New York; Galeria Municipal de Atenas, na Grécia; Brazilian Center Gallery, Londres, Inglaterra; Art Cologne, 23 Internationaler Kunstmarkt, Galeria Rosemberg, Colonia, Alemanha; Rituals and Rhythms of Brazil, Neuhoff Gallery, New York, EUA.
São mais de cinquenta anos de atividade desde que realizou a sua primeira individual, tornando-se, talvez, o artista plástico alagoano com maior número de participações em exposições individuais e coletivas no Brasil e internacionalmente.
O crítico de artes Romeu de Mello Loureiro diz ter sido em 1985 que se dá o momento de inflexão na carreira de Rogério Gomes, quando “eliminou a figura humana de seus quadros, entregando-os às formas geométricas que, de havia muito, ocupavam os respectivos fundos. Na primeira série dessa nova fase ‒ formas frias, porém enriquecidas com preciosas colagens –, surgiram paisagens com cidades moderníssimas, implantadas na vastidão dos espaços verdes, rígidas, em suas linhas retas e completamente desprovidas de vivalma”. Segundo a visão de Romeu Loureiro, “tratava-se de um mundo ideal, o reconstruído por Rogério Gomes, em suas telas, marcado pelas preocupações ecológicas do artista”.
Sua vasta obra tem sido objeto de documentários como: “Rogério Gomes – Construtor de espaços” (2001 – SESC/SENAC – Programa “O Mundo das Artes”); “Rogério Gomes: Vida e Obra” (2009 – TV Gazeta, Rede Globo – “Programa Terra e Mar”), “Rogério Gomes” (2010 – TV Educativa) e “O lugar da criação” (Canal Brasil).
Rogério Gomes é um artista iluminado das Alagoas.
Fontes:
ABC das Alagoas
Loureiro, Romeu de Mello. Arte Contemporânea das Alagoas, Maceió, Salgema Industrias Quimicas S.A. e Engenho de Comunicação Ltda, 1989, p. 100