23 de dezembro de 2020 12:25 por Da Redação
Há um antigo provérbio romano que diz: Si vis pacem, para bellum (Se queres a paz, prepara-te para a guerra), do autor latino do século IV, Públio Flávio Vegécio Renato. O sentido do provérbio não é o mesmo que norteia o espírito do vice-prefeito, Ronaldo Lessa, conhecido como um político de pavio curto.
Setentão e com longa trajetória política, tem consciência dos erros cometidos como fruto do seu temperamento e hoje vive uma nova fase, a de paz e amor. Recua para não brigar, concilia e pondera. Eleito vice-prefeito de JHC, é voz corrente, não tem sido ouvido. Mas nada garante que não tenha disposição para enfrentar adversidades.
O pensamento do prefeito não é o que foi veiculado nos programas eleitorais gratuitos. O que tem defendido como deputado federal é o pensamento liberal e privatista. O fato de ter algumas vezes votado em defesa de pautas que garantiam direitos sociais deu-se por pressão da direção do PSB ou em fechamento de questão da bancada.
A sua relação afetiva e política é com o presidente Bolsonaro e seus filhos. A tríade (JHC-Davi Maia e Rodrigo Cunha) que está montando o governo não tem a dimensão do que seja um vice-prefeito da estatura de Ronaldo Lessa. Início de governo é para dar a largada com coesão interna. Isso é tão elementar que os jovens não se importam e, o pior, até desdenham.
Ronaldo Lessa, no governo, é o único com credibilidade para dialogar com amplos setores da sociedade. O funcionalismo público sentiu-se representado pelo legado do ex-prefeito e ex-governador. Esse é um capital que não se despreza na largada de uma jornada em que o comandante responsável pelo barco nunca esteve com o leme às mãos.
A embarcação é frágil e a persistir nesse rumo, a tendência é sofrer avarias antes de adentrar o mar.
A fase Ronaldo Lessa paz e amor é duradoura ou tem prazo de validade? A essa pergunta o tempo responderá.