24 de dezembro de 2020 3:11 por Geraldo de Majella
O prefeito eleito de Maceió, JHC, anuncia que o preenchimento dos cargos em comissão – são milhares e muito cobiçados – se dará através de seleção de currículos. Essa ideia tem duas ou mais interpretações. Primeiro: os mais experientes na atividade política e na gestão pública têm certeza que essa proposta não é pra valer, ou seja, é mais uma jogada de marketing. Segundo: se o prefeito efetivamente implantar esse “novo modelo”, será para todas as áreas?
Os números de cargos comissionados já foram maiores. Atualmente estão sendo substituídos por milhares de vagas nas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e com salários melhores.
Essas espertezas anunciadas não enganam, são truques eleitorais. Na vida real da administração pública, se diz: pão é pão e queijo é queijo. Os vereadores querem cargos para manter as suas máquinas eleitorais azeitadas e, não raro, realizam as “rachadinhas”, uma maneira de enriquecer ilicitamente.
O prefeito JHC tem uma chance de falar a verdade de maneira clara, sem sofisma. É possível que venha a ser cobrado, talvez, mais do que foi Rui Palmeira, que assumiu o cargo sem pirotecnia.
A população de Maceió ainda vai ouvir falar da tríade JHC, Davi Maia e Rodrigo Cunha. Esses jovens são mais velhos do que se pode imaginar.
O prefeito JHC deveria exigir de cada um dos seus auxiliares que fosse publicado no Diário Oficial do Município a relação do patrimônio e da renda de cada um dos gestores no ato de posse e a cada ano que permanecerem na Administração Pública.
A transparência nas contas pública é fundamental no tempo em que vivemos e em que tanto se denunciam os políticos como desonestos. Muitos, de fato, o são. JHC foi useiro e vezeiro em denunciar as mazelas da Assembleia Legislativa de Alagoas; agora terá a obrigação moral de dar o exemplo.
As ferramentas tecnológicas são acessíveis, e uma gestão moderna tem a obrigação de usá-las para que a sociedade seja bem informada.
A eleição já passou, e o que todos queremos é que seja apresentado pelo prefeito eleito o encaminhamento para os graves problemas de Maceió. A fase de ilusionista acabou na campanha eleitoral. O que Maceió precisa é de seriedade e trabalho.
União e olho vivo.
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A manchete desperta uma outra: o Eleitor não pode votar com ilusões !