quarta-feira 8 de maio de 2024

Prefeitura concede nova licença ambiental à Braskem e assusta moradores do Pinheiro

9 de abril de 2021 5:11 por Thania Valença

Os maceioenses que permanecem em suas casas, no Pinheiro e demais bairros afetados pela mineração da Braskem, estão temerosos de que a indústria esteja se preparando para retomar as atividades de exploração de sal-gema, naquela região, com autorização da Prefeitura de Maceió.  As operações estão suspensas desde novembro de 2019, quando o afundamento do solo e os tremores de terra atingiram níveis de catástrofe ambiental.

Nessa data, a petroquímica apresentou à Agência Nacional de Mineração (ANM) e demais autoridades medidas para o encerramento definitivo da extração de sal e fechamento de seus poços em Maceió.

Petroquímica anunciou encerramento da extração de sal-gema em novembro de 2019

Foi uma publicação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet), na edição de hoje, 9, do Diário Oficial do Município (DOM) que despertou a atenção dos maceioenses, alimentando as suspeitas dos moradores de que as atividades de exploração do sal-gema continuam.

A publicação tornou público que a Sedet deu duas autorizações ambientais em favor da Braskem S.A para extração de sal-gema. Veja a íntegra do texto do DOM, publicado na edição Nº 6176, página 7:

A SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE – SEDET, torna público que concedeu a Autorização Ambiental de IMPLANTAÇÃO N°. 015/2021, com prazo de validade de 02(dois) anos, nos autos do processo administrativo n° 03100.017289/2021, em favor de BRASKEM S/A, CNPJ n.º 42.150.391/0020-33, localizado na AV. MAJOR CÍCERO DE GOES MONTEIRO, S/N, bairro: BEBEDOURO – MACEIÓ/AL, para a atividade principal: EXTRAÇÃO DE SAL- GEMA do empreendimento denominado: CANTEIRO DE OBRAS Z2, endereço do empreendimento: AV. MAJOR CÍCERO DE GOES MONTEIRO, S/N, bairro: BEBEDOURO, MACEIÓ/AL.

O edital é assinado pelo engenheiro Pedro Vieira, ex-prefeito de Maceió e atual secretário de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, e pelo secretário –adjunto, Ismar Macário Pinto Júnior. O fato repercutiu negativamente nos bairros do Pinheiro, Mutange, Sanatório,  Bebedouro e parte do Farol, atingidos pelo afundamento do solo e por tremores de terra, com  moradores e comerciantes atingidos procurando orientação e se queixando de prejuízos.

Em nota enviada à redação do 082noticias.com, a  Sedet informou que a Prefeitura de Maceió não está licenciando nenhuma atividade de extração de sal-gema. “A autorização concedida à Braskem trata-se do licenciamento de dois canteiros administrativos, referente à instalação de uma empresa que vai promover a demolição de residências e construções nos bairros Pinheiro e Bebedouro” – diz a nota.

Ruas afundam em decorrência da extração por mais de 40 anos

O diretor de relações institucionais da Braskem S.A, jornalista Milton Pradines, negou a retomadas das operações de mineração, ou seja, de retirada de sal-gema dos poços nas áreas atingidas. A petroquímica retomou a produção de cloro-soda e dicloroetano em Maceió em fevereiro último, com sal-gema importado do Chile.

Segundo o vice-presidente industrial da empresa, Marcelo Cerqueira, para receber a matéria-prima importada a Braskem investiu R$ 60 milhões.

Ao divulgar junto a seus investidores e ao mercado financeiro o retorno da operação, a Braskem revelou que está pesquisando outros pontos no estado para a exploração dessa matéria-prima. O anúncio, chamado fato relevante, informou ainda que a extração em Alagoas não será feita mais em área urbana para evitar novos acidentes.

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